Conheça as 10 principais causas de morte em Portugal

causas de morte em portugal

causas de morte em portugal - win

Videopedia de clássicos do Youtube nacional

Após o senhor da Consulta às 5 ter falecido e eu ter descoberto graças ao Tugalord a história da Anabela Malhadas, resolvi criar uma thread com videos clássicos do Youtube português.
São aqueles vídeos que merecem ser vistos em maratona numa noite de copos ou quando simplesmente estiverem deprimidos e precisarem de umas gargalhadas.
A lista vai ser atualizada quando me lembrar de mais e por favor sintam-se à vontade para sugerir outros que merecem estar nesta lista.
Cumprimentos, metam nos favoritos e divirtam-se durante esta quarentena! Felizes festas amigos.
EDIT: OBRIGADO PELO APOIO, PELAS INÚMERAS SUGESTÕES E PELOS AWARDS. Quando tiver tempo faço uma playlist!
Zé Tolo
Olha que lindo, tudo naifado!
Sou um Cristão e um Cristão não Teme!
Castanho Provocante
Que Informação Dramática!
O homem estava descomposto
Olhoz abionz látraz!
Quem é o Maior? É o Ricardo!
O que faz falta na TV?
Samuel Massas 30 crl!
É TCHOURIÇA, É TCHOURIÇA
Oh Prima que Rica Prima
Tenho que Abandonar!
Sou mecânico
Uma patite!
Humidade
Grizeu
Vasquinho do Teleférico de Guimarães
Velha da Beira
D. Manuela no Honda S2000
Eu sei lá se são os chineses...
Um rapaz toxicoindependente
Eles ganham 10, as mulheres fodem 20
Eu amo-te, percebes?
Promoção Cantinho dos Saltos
Shrek diz palavrão
Super Macho
Assalto em Paredes
Xom Xom
Tu bates mal men!
Josefa Casaleira
Hoje quem fala sou eu
Não me convidem mais pra pesca
Incrível!
Xixi Maluco
É meme a partire
Madjimby(ver o canal do rei)
Nelo Chapeiro (ver a playlist)
Bou-te comer e comi!
Tudo cagado tudo cheio de pedras
Super Bock - Entrevista
Entrevista ao Garanhão do Chiado
dnedheaududhnsjkdbd Sardinhas?
Vitor Loureiro, o adepto do Benfica
Pita do Ask.fm
Batata moh?!
Pitas à porrada por causa do hi5
KATYZINHA - CORTES & DECOTES
Secção Estudantes Mamados
Fomos minadas!
Não sei porque tenho a língua azul
Na mecânica e também ando no roubo
Os meus doutores
Escacar Pedra
Chupei um gajo
Secção: PRANK CALLS
Telefonema ao FCP
Telefonema à Telepizza
Telefonema à Danone
Telefonema Paulo Pissas
Telefonema à McDonalds
Telefonema Vai Chamar a Tua Filha
Anabela Malhadas - Não sei se é prank call, mas é chamada!
Secção TRALHOS
A queda do Joãozinho
Não dói, juro pela minha morte...
Sai da frente Guedes!
Vai Zema!
Bou me fuder
Especial Curto Circuito:
És uma grande puta que andas metida com o João
Hino ao Pénis
Estou todo queimado
João Manzarra atirado ao lixo
Cachola ganha uma PS3
Mãe do Jel
Kanimambo
Especial Preço Certo
Marlene Turbinada
Concorrente dança Michael Jackson
Fernando Mendes topless
O carteirista
Sr. Zé com os copos
Especial EURO 2016
Ronaldo atira microfone ao lago
Chuta daí caralho!
O que vão fazer se Portugal ganhar o Euro?
Hoje é feriado!!!!
Clipes Épicos de TV e Filmes Nacionais
Bernardina desanca Tiago na Quinta
Marco dá pontapé na Sónia
EPÁ, Leave me Alone!!
Herman aos tiros no estúdio da Roda da Sorte
DIGA UM!
NTV Telejornal
Acidente no Porto Canal
MATARAM-ME!
CONA!
Tarado na SIC Notícias
Nuno Melo emociona-se
Tá tudo preso seus cabrões
Tu tás fodido pa!
Clipes musicais
Diogo e Tiago Comboio
O filho do recluso
Made in Portugal
Ganza na Areia
6 pães e meia broa
Cheiras a cocó
É DJ Vibe, é Carl Cox
jp gang o puto maravilha
António Mendes é quem reina
Nic Nic Avec Moi
Original Maria Leal
Bandidos Porto
Menino Giro
Hino da Branca
MC Ana Pita da Quarteira
Urban Gorillas
Retirei as menções, porque é muita gente e não tenho tempo ou espaço para adicionar os nomes. Todos os comentadeiros abaixo ajudaram imenso. Esta thread não é minha, é nossa, é património nacional!
submitted by 1Warrior4All to portugal [link] [comments]

Presidenciais: voto útil e desnecessário

Estamos em plena pandemia, com recordes de casos e de mortes, estando Portugal na frente no que toca a números negativos.
Neste cenário, onde as concentrações de pessoas são proibidas, muitos negócios estão fechados ou limitados, as escolas fechadas, os hospitais a rebentar pelas costuras, vou a um evento que juntará milhões de pessoas para votar?
Será difícil perceber que por causa de hoje os casos vão aumentar e as mortes também? Que o confinamento não se vai aligeirar?
Por mais cuidados, máscaras, desinfetantes, metros de distância para os restantes, não há hipótese de evitar contágios num evento com tanta gente. Vai morrer gente por causa das eleições de hoje, literalmente. Vale a pena?
Claro, as eleições não foram adiadas, infelizmente. Mas não é porque o governo não adiou as eleições que eu agora vou votar. Tal como não me juntei a ninguém no Natal apesar do governo dizer que podia.
Acho que as pessoas não querem tomar decisões, mas antes esperam que outros as tomem por elas, e depois provavelmente vão criticá-las dizendo "isto devia ser assim", "se fosse eu fazia assado".
submitted by chiapa10 to portugal [link] [comments]

"Os Negacionistas" ou #vaificartudomuitomal

https://observador.pt/opiniao/os-negacionistas-ou-vaificartudomuitomal/
Nos últimos tempos, a pretexto da Covid, convencionou-se chamar "negacionistas" a todos os que ousam colocar em causa a palavra dos senhores que mandam nisto. Dado que a palavra destes muda a cada dia, ou às vezes em poucas horas, não se percebe qual o grau de amnésia, ou simples estupidez, necessário para se levar semelhante palavra a sério. Porém, esse não é o ponto. O ponto é que, conforme acontece nas nações menos afeiçoadas a preceitos democráticos, a prepotência e a inaptidão precisam de bodes expiatórios para não parecerem tão prepotentes e inaptos. E os "negacionistas" vêm a calhar. Mas não calha bem.
Começo por notar que os "negacionistas" não prejudicam ninguém: não são eles que propagam a Covid aos cidadãos cumpridores que, justamente por não serem "negacionistas", não violam as 7.329 (em actualização) regras do "confinamento", não se expõem a riscos desnecessários e nunca se cruzariam com um negacionista. Se pensarmos um bocadinho, é impossível por definição os cidadãos cumpridores apanharem o vírus, pelo que os hospitais, a estarem repletos, estão repletos de "negacionistas" a sofrer o justo castigo. Fora isto, há mais uns pormenores.
Não são os "negacionistas" que aplaudiram as restrições à liberdade até estas se revelarem tão catastróficas na saúde quanto na economia, momento aproveitado para exigir mais restrições e ilibar o governo no processo: antes do recorde de casos e mortes, o dr. Costa era um líder forte e redentor, agora é um santinho brando e com uma ponta de azar.
Não são os "negacionistas" que difundem notícias falsas ou selectivas acerca da "eficácia" dos "confinamentos", e da sua aplicação "idêntica" em "todos" os países.
Não são os "negacionistas" que forçam "confinamentos" propensos a criar mutações agressivas no vírus e nas cabecinhas.
Não são os "negacionistas" que proíbem os espaços e as actividades ao ar livre, onde o vírus mal se propaga ou não se propaga de todo, para enfiar as pessoas em casa, após convívio caloroso nos transportes públicos, nos supermercados e, até ontem, nas escolas.
Não são os "negacionistas" que identificam a especial perigosidade do vírus em postigos, bancos de jardim, livros, cuecas, na água em "take away" e, depois das 20.00, na pinga.
Não são os "negacionistas" que culpam Trump, Johnson e Bolsonaro pelos efeitos da Covid nos respectivos países e isentam os nossos amados líderes da mesmíssima coisa.
Não são os "negacionistas" que atropelam o (escasso) consenso científico e o mero bom senso para se limitarem a abolir, obrigar e punir, de acordo com os índices de popularidade e falta de vergonha.
Não são os "negacionistas" que tratam os portugueses como criancinhas particularmente retardadas, com direito a prendinhas pelo Natal e a tautau pelos abusos subsequentes.
Não são os "negacionistas" que sobre a contenção da Covid já disseram tudo e o seu contrário, num desnorte que nos últimos dias chamou a atenção de várias juntas psiquiátricas.
Não são os "negacionistas" que andam há quase um ano a ignorar os lares de velhos, os quais contribuem com cerca de um terço das mortes "de" ou "com" Covid.
Não são os "negacionistas" que passaram anos a louvar o "melhor serviço nacional de saúde do mundo" ao mesmo tempo que lhe retiravam verbas e o deixavam no estado desgraçado que já se constatava antes da Covid.
Não são os "negacionistas" que por fanatismo ideológico recusam a colaboração dos hospitais privados, excepto através de ameaças tresloucadas de "requisição civil", uma brincadeira que levaria os proprietários a fechar o tasco e os respectivos médicos a fugir em debandada da Venezuela.
Não são os "negacionistas" que, para disfarçar a debilidade dos hospitais públicos, condenam à morte milhares de pacientes com doenças pelos vistos arcaicas como cancros, enfartes e aborrecimentos afins.
Não são os "negacionistas" que se passeiam escusadamente por lares, hospitais e escolas, acompanhados por repórteres aos magotes e um genérico cheirinho a Terceiro Mundo.
Não são os "negacionistas" que elaboraram um plano de vacinação ridículo no papel e inexistente na prática: além do orgulho pelo maior número mundial de infectados e mortos, justifica-se cantar o hino pela menor percentagem de vacinados em todo o Ocidente, conquista que nos demorou apenas três semanas a alcançar.
Não são os "negacionistas" que arruinam pela falência centenas de milhares de famílias para fingir que se tomam "medidas" e "decisões", a cargo de criaturas que nunca trabalharam na vida.
Não são os "negacionistas" que ouvem e reproduzem o palavreado canalha dos governantes sem uma dissidência, uma questão, uma duvidazinha sequer.
Não são os "negacionistas" que celebram "Abris" e "Primeiros de Maio" e "Avantes!" com especiais proximidade e carinho, no fundo para celebrar o privilégio de alguns face à ralé.
Não são os "negacionistas" que exigem a prisão domiciliária da população em peso, desde que o salário dos privilegiados não seja partilhado com os sacrificados para efeitos de "solidariedade" e "união", penduricalhos tão bonitos na conversa fiada.
Não são os "negacionistas" que alimentam o medo destinado a transformar indivíduos adultos em bonecos servis, e uma sociedade num laboratório de experiências doidas.
Não são os "negacionistas" que escarnecem da pobreza que provocam a "salvar vidas" (desculpem) enquanto estrafegam o saque em "investimentos" na TAP e na banca.
Não são os "negacionistas" que espalham o caos e a irracionalidade para simplificar a conquista do Estado e atafulhá-lo com detritos em forma de gente.
Não são os "negacionistas" que usam a Covid para uma ofensiva furiosa contra tudo o que tenta respirar fora da órbita estatal, de hospitais a escolas, passando pela internet e pela liberdade em suma.
Não são os "negacionistas" que defendem a concessão de mais poder a quem usou o poder que já tinha para espalhar mentiras, desfilar arbitrariedade e exibir uma brutal incompetência.
Não são os "negacionistas", nem a "estirpe inglesa", nem o frio, nem o sector privado, nem o Natal que fazem com que Portugal caia nesta criminosa miséria: são vocês."
submitted by aurocha to portugueses [link] [comments]

"Notícias" à "novo normal"...

...e com a credibilidade que quer os MSM quer o MJ da sra Dunen e a DGS da sra (Des)Graça nos garantem ;)
Porto que faleceu dois dias depois de ter sido vacinada contra a Covid-19 revelam que a morte não está relacionada com a vacinação. A mulher de 41 anos morreu no primeiro dia do ano e, de acordo com a família, não tinha problemas de saúde.
Em comunicado, o Ministério da Justiça afirma que a causa de morte está sob segredo de justiça e por isso não poderá ser revelada.
Durante a conferência de imprensa desta terça-feira, a diretora-geral da Saúde explicou que o caso estava em análise.
"Há fenómenos que podem estar temporalmente relacionados", reconheceu Graça Freitas. A DGS confirmou que as causas concretas da morte ainda estão por apurar.
submitted by ovigia to portugueses [link] [comments]

Incrível texto que me enviaram por Whatsapp (Desconheço o autor)

"Benfiquistas,
é dia 04 de janeiro do ano de 2020 e o nosso Benfica acaba de apanhar pela frente um
super Santa Clara empatando o jogo a 1 com zero remates nos últimos 30minutos, depois de na última jornada ter vencido um super portimonense na luz por 2-1, depois de há semanas termos perdido mais um troféu para os de sempre, com a facilidade e displicência de sempre.
Bem vindos ao Vietname 2.0!
Se nos últimos tempos, a cada intervenção que fiz nas Assembleias gerais do nosso querido clube, me dirigi essencialmente aos órgãos sociais, criticando de uma forma educada e construtiva (baseando-me sempre em factos), na ausência de AGs, permitam-me que hoje me dirija exclusivamente a todos vocês, sócios como eu.
Vivemos tempos difíceis! Tempos de incerteza e dificuldade, que nos fazem refletir mais sobre tudo o que nos rodeia e sobre a real importância das coisas.
Ao longo dos últimos dias tenho-me perguntado por que motivo me interesso cada vez menos pelo nosso Benfica, pelos nossos jogos e pela vontade de os ver. Será que é pela pandemia e pela ausência forçada dos estádios de futebol? Será que é pela falta do convívio com amigos antes de um jogo? Será que é pelo facto de cada vez acreditar menos em tudo aquilo que rodeia o nosso clube. Será que é pelas paupérrimas exibições? Será que é pelas tarjas “espontâneas” a dizer para um assumido lagarto “bem vindo a casa”?
Não! Não é!
A conclusão a que chego é que tenho sido educado assim! Ao longo dos últimos anos, quer eu, quer a maioria dos sócios do Benfica tem sido educada assim. A deixar de se preocupar. A não valorizar em demasia. A negligenciar. A preferir fechar os olhos que a mantê-los bem abertos! A responder à provocação de um rival com um “mas vocês também fazem”, a levantar suspeitas absurdas sobre tudo e todos, ou até a encarar certas questões judiciais que atingem o nosso bom nome com uma calma e tranquilidade que devem fazer corar de vergonha os nossos antepassados.
Ao longo dos anos temos vindo a ser educados por uma gigantesca máquina de comunicação que nos tem levado a pouco e pouco a desistir do nosso Benfica. A deixar de lado as nossas origens e a nossa verdadeira essência. A aceitar quase tudo sem alarido ou sem questionamento. A confiar cegamente em quem nos dirige, só porque sim. A valorizar quem nos “salvou” da morte certa, refundando-nos!
Ao longo dos anos, nós os sócios, temos vindo a normalizar atos e atitudes que antes condenávamos, que censurávamos em casas alheias e que agora aceitamos como prática corrente sem pestanejar.
Ao longo dos anos, nós os sócios, temos vindo a ser convencidos que um novo Benfica se refundou em 2003 e que tudo o que está para trás só é importante para validar a obra de um museu edificado por quem nos salvou.
Ao longo dos anos, nós os sócios, passamos a dar mais valor e atenção à invasão de privacidade de uma televisão que filma um balneário de porta aberta que à forma amorfa e desprestigiante como se lida com a derrota.
Ao longo dos anos, nós os sócios, temos vindo a aceitar o aburguesamento do Benfica, um clube onde os seus dirigentes se passaram a deslocar em jatos privados, que tem mais profissionais da comunicação ao seu serviço que pessoas a trabalhar num departamento para esclarecimento e admissão de novos sócios.
Nós os sócios, temos vindo a ser educados para achar normal que o Benfica seja o único clube em Portugal que se desloca para qualquer lado em 2 autocarros, porque o Staff de tachistas é tão grande que um só não chega.
Nós os sócios, temos sido educados para achar normal que a televisão do clube não cubra umas eleições do mesmo clube que lhe dá o nome. Que tenha pessoas como o Pedro Guerra, o José Marinho, o António Bernardo ou o sabujo do Janela a comentar. Ou moderadores como o Hélder Conduto que quase todos já estamos tão educados para achar que é um grande e isento profissional mas que depois faz o mesmo que todos os outros que lá estão, dando-lhes a palavra e muitas vezes não se escusando de as validar e de criticar os sócios que criticam, sendo portanto participante e conivente .
Atualmente já estamos tão anestesiados e educados que até achamos normal que o nosso ex- diretor de comunicação tivesse vindo de um clube onde andou meses a lançar campanhas contra jogadores nossos. E ficamos todos contentes por agora ir para lá alguém em que já podemos dizer “pelo menos este é Benfiquista”.
Nós, os sócios, temos vindo a ser tão ensinados que achamos normal e real que Domingos Soares Oliveira tenha 50 votos como sócio do Benfica, ou que o nosso atual presidente não tenha um único registo fotográfico (ou outro) ligado ao Benfica, pré 2003.
Nós, os sócios, temos sido tão educados que ainda conseguimos acusar quem se apresente como alternativa à atual direção como sendo alguém que quer é tacho, um oportunista, demagogo, aldrabão ou alguém que vai destruir o império. E quem lá está? Quem era quando para lá entrou? Como entrou?
Nós, os sócios, achamos normal que há 17 anos não existam debates para a presidência do Benfica em nenhum órgão de comunicação social e ainda aceitamos de bom grado a ideia que os debates são ruído.
Nós, os sócios do Benfica, confiamos num sistema de voto electrónico que não é escrutinado nem escrutinável, apenas porque fomos educados a confiar e a acreditar que o nosso clube é democrático e sério, mesmo que vejamos o nosso presidente a dar entrevistas combinadas, onde não responde a nada e onde apenas garante que tudo é democrático e auditado... o BES também era!
Nós, os sócios do Benfica, temos vindo criteriosamente a ser educados para nos esquecermos como Manuel Vilarinho venceu aquele que muitos dizem ter quase destruído o Benfica. Em eleições com debates e votos físicos, sem as aldrabices dos 50 votos, dos votos das casas ou de ficheiros do excel.
Nós, os sócios do Benfica, achamos normal que em 17 anos o Benfica tenha ganho apenas 7 campeonatos, 3 taças de Portugal e 3 Supertaças em 17 edições das respetivas provas e ainda conseguimos aceitar a ideia, que nos vendem, que temos sido um clube Hegemónico em Portugal.
Nós, os sócios do Benfica, que assistimos a conquistas brilhantes e a grandes noites Europeias, temos vindo a ser educados para ficar contentes por cairmos da Champions para a liga Europa porque assim “há mais hipóteses de chegar a uma final europeia”.
Nós, os sócios do Benfica, passamos pelo Vietname em Portugal e na Europa e nunca fizemos zero pontos na Champions ou levámos 5 de um Basileia, ou de um rival em Portugal como nestes últimos 17 anos.
Nós, os sócios do Benfica, achamos normal e aceitável perder (com a facilidade com que se perde) campeonatos ou taças para um clube falido e sem viabilidade, à anos!!
Nós, os sócios do Benfica, temos vindo a ser educados para nos alhearmos das modalidades, para achar que os outros são muito melhores porque cometem loucuras na construção dos planteis e nós não o fazemos porque queremos é ter contas certas!
Nós, os sócios do Benfica, já nem nos lembramos da última vez que fomos campeões de andebol, porque estamos a ser educados para achar que as modalidades são apenas para manter o ecletismo porque “aquilo não dá dinheiro”.
Nós, os sócios do Benfica, temos vindo a ser educados para sobrevalorizar a obra feita, o betão e mais betão que tem sido construído, como se clubes como o Gil Vicente ou Marítimo não tivessem também estádios novos ou como se um Braga ou um Vitória não tivessem já centros de alto rendimento.
Nós, os sócios do Benfica, temos vindo a ser educados para desvalorizar e minorizar as constantes faltas de respeito para connosco. A começar por um presidente que ofende e agride sócios que ousem criticar, passando por dirigentes ou treinadores que ofendem sócios do clube para o qual trabalham, envergonhando ainda esse mesmo clube em constantes intervenções públicas com na comunicação social. Chegando agora ao ponto de nos fazerem questionários sobre devemos dar descontos e benesses a quem quer ter um estatuto de “adepto”.
Nós, os sócios do Benfica, achamos normal ter no nosso gabinete de comunicação (ou de crise) pessoas como o Nuno Farinha que ofende e ameaça jornalistas ao melhor estilo do Porto nos anos 90.
Nós, os sócios do Benfica, temos vindo a ser de tal forma educados que já nem faz confusão a ninguém ver um tipo ser capitão do Benfica ao fim de 2 meses de cá estar e vindo de onde vem. E que em 12 jogos de campeonato + 6 da Liga Europa, já tenhamos tido 8 capitães diferentes, consoante a área geográfica onde jogamos ou as condições climatéricas.
Nós, os sócios do Benfica, que temos como referências do clube figuras como Coluna, Eusébio, José Águas, Torres, Bento, Chalana, Shéu, Simões, Paneira, entre outros, temos vindo a ser educados para achar que os atuais grandes símbolos da mística do Benfica são figuras como o Luisão (recordem cada pré época dele) ou o inerte Rui Costa, endeusando-os e achando que eles são o futuro.
Nós, os sócios do Benfica, temos vindo a ser educados para a desvalorização da nossa gloriosa história através do desrespeito constante pelos estatutos do clube. Chegando-se ao ponto de verificarmos nas AGs, que quem nos dirige nem percebe o que está mal no atual emblema do clube ou na composição dos nossos equipamentos.
Nós, os atuais sócios do Benfica, valorizamos “Benfiquistas dependentes” que agora saltam do barco para procurar um tacho melhor noutras paragens... mas que mesmo na altura da saída ainda conseguem dizer que isto está mal porque há outros que escondem coisas.
Nós, os atuais sócios do Benfica, temos vindo a ser educados para vivermos cada vez mais sob o lema que “perder ou ganhar é desporto” e que “temos que saber dar mérito aos adversários”. O importante é sermos competitivos e vencermos o campeonato da credibilidade (pausa para rir), porque os “orçamentos não ganham jogos”.
Nós, os atuais sócios do Benfica, temos vindo a ser educados para achar normal que se gaste mais dinheiro em advogados que num defesa direito para a equipa principal ou em jogadores de qualidade para os planteis das modalidades.
Nós, os atuais sócios do Benfica, permitimos e somos cada vez mais educados a permitir, que pessoas que são arguidas em processos de corrupção, branqueamento de capitais, fraude e evasão fiscal, entre outros, continuem a dirigir o clube e a utilizar recursos do mesmo para a sua defesa pessoal e como escudo protetor.
Nós, os atuais sócios do Benfica, temos vindo a ser educados para aceitar que “toda a gente tem processos” e que o Cavani só não veio para o Benfica porque o presidente não o foi buscar de jato privado, ou porque depois o Seferovic não tinha lugar (lembrar o caso Mitroglou...).
Nós, os atuais sócios do Benfica, somos todos os dias educados a achar normal que tivesse existido uma novela de 2 meses por causa dum jogador que custa 2 Jhonder Cádiz ou menos que um Arango, porque o homem é um craque que vai salvar isto e os craques são difíceis de contratar.
Nós, os atuais sócios do Benfica, fomos educados para achamos que íamos vencer tudo com a formação e agora somos educados para achar que os miúdos não têm valor nem estaleca para jogar a este nível e portanto há que os “valorizar” lá fora.
Nós, os atuais sócios do Benfica, já estamos tão bem educados que já só nos rimos das figuras que os nossos “representantes” fazem nas televisões deste país e nem nos damos ao trabalho de perceber o que ali está e a gravidade de tudo aquilo que eles dizem e defendem, contribuindo assim para nos educar.
Nós, os sócios do Benfica, temos sido tão, mas tão bem educados que ainda hoje, 17 anos depois, conseguimos dizer uns aos outros “deves querer outro Vale e Azevedo”.
Nós, os sócios do Benfica, estamos tão, mas tão bem educados, que achamos normal que um presidente do Benfica em exercício diga publicamente e sem se rir que “tem que escolher um sucessor” e ainda assim, acreditamos que estamos num clube democrático onde nós, os sócios, decidimos o que quer que seja.
Nós, os sócios do Benfica, estamos tão, mas tão bem educados, que nem nos apercebemos do processo de sportinguização a que estamos a ser sujeitos e para onde caminhamos a passos largos.
Nós, os sócios do Benfica, estamos tão bem educados que já nem argumentos temos para rebater as críticas que os rivais nos fazem no que concerne a valores que sempre foram nossos, como a integridade, a transparência, o respeito, a honestidade e a enorme vontade de vencer, respeitando sempre os adversários, sem ter inimigos!
Nós, os sócios do Benfica, que sempre fomos EDUCADOS a amar e respeitar um clube humilde, lutador, com ganas de vencer, com princípios e valores, com conquistas nacionais e internacionais... somos hoje educados a valorizar a obra feita, os resultados líquidos operacionais, o saldo entre as compras e as vendas, os campeonatos da credibilidade (pausa para gargalhada), as reportagens internacionais sobre o município do Seixal, a ostentação de riqueza, a figura de um rei Sol e de um grupo de seguidistas aburguesados e a acreditar que, ou é isto ou o CAOS.
Nós, os sócios do Benfica, que temos sido gentil e suavemente educados por esta gigantesca máquina de propaganda temos apenas duas opções. Ou acreditamos que poderemos ser o motor da mudança e do resgate do Benfica que aprendemos a amar, ou seremos eternamente cúmplices da refundação e de uma amálgama de interesses pessoais e profissionais que em nada defende os verdadeiros interesses do Sport Lisboa e Benfica fundado em 1904.
Nós, os sócios do Benfica, temos que perceber duma vez por todas que já quase nada resta do “nosso querido Benfica” e por muito que se esforcem para nos educar ou amedrontar, cá estaremos para gritar bem alto que não é este o verdadeiro Benfica. E que não vamos desistir do “nosso Benfica”.
Nós, os sócios do Benfica, temos sido tão mas tão educados e manobrados, que até já levantamos e baixamos a cartolina quando o speaker nos diz para o fazer, só porque achamos que assim fazemos todos parte desta coisa linda a que ainda chamam Benfica.
Por muito que me custe, por muito que nos custe... sócios do Sport Lisboa e Benfica, este é o nosso novo “Vietname”! Uma “batalha” menos “sangrenta e ruidosa” mais polida e silenciosa. Que corrói e dói bem mais que a anterior, mostrando-nos como a força do trabalho que tem sido feito para mudar mentalidades e culturas, é avassaladora. Cabe-nos a nós todos Lutar! Não Desistir! Dia após dia, noite após noite e derrota após derrota.
É nestes momentos difíceis em que, como hoje, sinto que é mais fácil abdicar de tudo isto e seguir toda esta educação a que tenho vindo a ser sujeito ao longo destes anos, que me levanto e recordo que não lhes vou dar esse prazer. Que o amor que tenho e que todos temos pelo nosso querido Benfica merece que finalmente “honremos hoje aqueles que nos honraram o passado”, lutando por aqueles valores que nos fizeram apaixonar por este lindo e glorioso clube.
É nestes momentos em que olho para tudo o que atualmente rodeia o nosso querido clube e que só consigo sentir vergonha e revolta por tudo o que lhe estão a fazer, que sinto que não nos vão conseguir derrubar nem fazer desistir dele!! Não vão!
O Benfica é e sempre será nosso! Será que ainda vamos a tempo? Viva o Sport Lisboa e Benfica, aquele... de 1904.
Um sócio como qualquer um de vós."
submitted by Pintopf to benfica [link] [comments]

Doença cardiovascular e cancro com 54% das mortes colaterais em 2020

https://www.jn.pt/nacional/doenca-cardiovascular-e-cancro-com-54-das-mortes-colaterais-em-2020-13240693.html?target=conteudo_fechado
...
Dos óbitos em excesso registados no ano passado, e descontando aqueles por covid-19, mais de metade terão sido causados por doença cardiovascular e cancro. Os cálculos são da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e pecam por defeito. Ano em que o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto teve uma quebra de 17% nos doentes referenciados. E em que às vias verde Coronária e de AVC do Hospital de São João, no Porto, chegaram doentes mais tarde e em pior condição clínica.
De acordo com a análise da ENSP, entre 16 de março (primeira morte por covid-19 em Portugal) e 31 de dezembro de 2020, registaram-se 4830 óbitos em excesso devido a outras causas naturais que não o novo coronavírus. Mortalidade colateral esta que respondeu por 41% do excesso registado naquele período. O remanescente (6906) foi por covid-19.
usando os dados do sico e comparando com a média dos últimos 5 anos dá-me 13.821 mortos a mais, se comparar com a dos últimos 6 anos dá-me 14.300 mortos a mais, dos quais apenas 6906 são por covid, os restantes de outras causas.
submitted by camilo12287 to portugal2 [link] [comments]

se a epidemia fosse deixada correr livremente quantas pessoas morreriam em Portugal de covid

usando os dados daqui:
https://www.acsh.org/news/2020/11/18/covid-infection-fatality-rates-sex-and-age-15163
e daqui:
https://www.ine.pt/ngt_serveattachfileu.jsp?look_parentBoui=65946020&att_display=n&att_download=y
e um excel
teríamos uma taxa de letalidade (IFR) em Portugal de 0,92%
supondo que a imunidade de grupo era atingida por volta dos 50% isto implicaria cerca de 45 mil mortes por covid
na realidade seriam mais porque o sistema de saude colapsava e a taxa de mortalidade subia por causa disso, provavelmente seria da ordem dos 80 a 100 mil mortos
é isto que enfrentamos
submitted by camilo12287 to portugal2 [link] [comments]

Os meses em que vivi na rua, toda a fome que passei e a bicicleta que mudou tudo para melhor.

Eu venci a depressão e é isso que tenho feito desde que me curei! - Parte 3/365
Uma espécie de diário aberto: Os meses
Olá ...
Hoje não devo escrever muito, e decidi partilhar uma prosa que escrevi nos meses que sobrevieram o meu divórcio (editado: escrevi mais do que achava que escreveria).
Para colocar em perspetiva: depois de sair da casa que era minha (comprada e que ficou para a minha ex-esposa e para os meus filhos) consegui alugar uma casa por alguns meses, mas não conseguia trabalhar por causa da profunda depressão, além de não receber respostas positivas por parte das empresas para onde mandava o meu curriculum e em poucos meses todas as minhas poupanças acabaram e acabei por ter de ir morar para a rua. Morar na rua implica passar fome - já passei noutros momentos da minha vida, pois durante grande parte da minha infância, o país em que nasci e vivi até antes de me ter mudado permanentemente para Portugal, viveu em guerra civil - felizmente Portugal é um país relativamente seguro, mas nada fácil principalmente para pessoas negras (acreditem, por mais inteligente e boas referências uma pessoa negra tenha aqui em Portugal, é muito difícil arranjar algum emprego que os próprios portugueses consideram "condigno", e todos os lugares em que trabalhei cá eram fora da minha formação - Estatística, Gestão, Informática e Administração, fora os conhecimentos de informática que tenho mas que infelizmente ainda não tenho um diploma para provar que tenho, mas em breve isso mudará. (lembra-se, estou a estudar e no final do próximo ano recebo um diploma de Desenvolvedor de Software).
Felizmente por causa do meu trabalho com as artes, conheço muita gente que apesar de não me poderem ajudar com a questão da casa, arranjavam-me algo para comer durante os meses em que vivi na rua e saí da cidade em que fui viver depois do divórcio, muita gente passou-me contactos que elas tinham e eu arranjei um emprego num bar (aos finais de semana e feriados de noite-madrugada) e com esse dinheiro eu conseguia comer e poupar para comprar uma bicicleta.
Porque uma bicicleta?
Simples: eu caminhava mais de 10 quilómetros todos os dias que voltava do trabalho no Bar, às 02:00 da madrugada. Nessa mesma altura em que comecei a trabalhar no bar, ia para um lugar em que tinha uma escola antiga que era usada como estúdio de ensaio para bandas e outras atividades culturais e recreativas, e lá ficava a preparar as minhas refeições e compor músicas (além de tratar da minha higiene). Felizmente, eu não preciso de dormir bastante ou consigo passar até uma semana sem dormir (literalmente) e também aproveitava o facto de que existia uma praia fluvial por perto para ir tirar uma soneca lá nos dias em que estava muito exausto. Infelizmente o dinheiro que ganhava no bar, mesmo com as gorjetas não servia para alugar sequer um quarto (mesmo tendo eu comida de graça no bar para jantar de noite e pequeno almoço de madrugada, e poupando algum dinheiro); então a bicicleta ajudar-me-ia e ajudou bastante a tanto poupar mais algum dinheiro que gastava com o autocarro para ir trabalhar, quanto poder me deslocar para mais entrevistas e futuros trabalhos.
Passado um mês depois de começar a trabalhar no bar, recebi uma resposta de uma das fábricas em que tinha mandado o meu curriculum e que ficava há mais ou menos 10 quilómetros do edifício em que tinha a sala de ensaio; depois de ir para a entrevista de dia, na tarde do dia seguinte eles ligaram-me a dizer que eu tinha ficado com o trabalho e que começaria já no dia seguinte (nota, faltavam alguns euros para poder comprar a bicicleta nesse dia e eu tinha de arranjar uma maneira de conciliar os dois trabalhos, pois um terminava às 02 da madrugada e o outro começava às 05:30 da madrugada, mas de forma rotativa - uma semana às 05:30, e outra às 13:30, e nas sextas feiras a hora em que saia de um era muito depois da hora em que eu tinha de entrar para o outro trabalho - bar e fábrica).
Essa incógnita dos dois trabalhos que não deram para conciliar. O que fiz?
Bem, uma coisa de cada vez. Primeiro, fui trabalhar para o bar numa quinta feira que era feriado e tinha de entrar para a fábrica na sexta feira, às 05:30, e como ainda não tinha a bicicleta, saí do bar e caminhei até à fábrica, estava super empolgado e feliz por ter um trabalho a tempo integral, e como sairia às 13:30, não havia nenhum problema em não ir para a praia fluvial tirar uma soneca. Nesse dia, lembro-me que não foi difícil aprender a trabalhar com as máquinas da fábrica (tenho essa facilidade aprendizado absurda); mas passei todo o turno de trabalho a pensar em como lidar com essa incógnita e cheguei à conclusão que somente ia trabalhar no bar (e não poderia trabalhar lá porque não tinha como mudar os meus horários de trabalho em ambos os lugares) até a conseguir comprar a bicicleta e calhar a sexta feira em que o meu horário de trabalho na fábrica terminava depois do início do meu horário de trabalho no bar (num terminava às 21:30 e noutro começava às 17:00).
Segundo, trabalhei nos dois lugares durante uma semana, falei com os meus empregadores e como não deu para mudar os horários, despedi-me do bar e fiquei a trabalhar somente na fábrica, e no meio disso tudo, comprei a bicicleta e todos os dias, de segunda à sexta, numa semana acordava às 03:45 da madrugada para pedalar por uma hora até ao trabalho e depois mais uma para voltar até ao estúdio às 13:30 e noutra entrava às 13:30 e às 21:30 pedalava eu até ao estúdio de ensaios para espairecer e criar alguma coisa artística e fazer a minha higiene pessoal, além da comida para o dia seguinte ...
A fome e a rua!
A fome: em menos de 4 meses eu saí dos meus 98 quilogramas de peso, para os 66 quilogramas. Isso para mim resume tudo, mas ainda assim consegui ter energias para caminhar e lembro-me de ficar pasmo que em menos de uma semana eu tinha caminhado mais de 100 quilómetros (gravei uma foto com isso e uso-a para lembrar-me sempre do quão forte sou capaz de ser nos momentos de maior adversidade. A fome nunca é só fome, é também propulsora de ansiedade, fragilidade psicológica além da física, desmotivadora . . . mas venci a fome com toda as forças que reuni quando decidi voltar a viver e lembro-me muito bem que sempre que eu ia trabalhar para o bar, e sorria, não era um sorriso para esconder as dores no estômago ou todo o caos da minha vida nos últimos meses, mas sim um sorriso cheio de esperança e motivação, pois como já disse, pelo que parece, sou muito bom a começar do zero e a além de sobreviver, viver. A rua ofereceu-me muito mais do que eu podia imaginar, não no quesito segurança contra todos os elementos da sociedade e natureza, mas na paz que mesmo lá, no fundo do poço do conceito da sociedade materialista, encontrei e que me ajudou a ter mais forças para superar tudo ...
Enfim, sempre que me referir ao mês de junho de 2019, será para falar do mês em que recomecei realmente a minha vida depois do divórcio e de superar a depressão, a fome e o viver na rua, pois nesse mês eu consegui um trabalho a tempo inteiro, comprei uma bicicleta, conheci a minha atual namorara (uma mulher incrível que muito amo) e voltei a viver entre as quatro paredes em que me encontro hoje. Cá fica um dos textos literários que escrevi num dos meses em que morei na rua e perdia de forma assustadora a minha massa corporal:

GRÃOS, LEGUMINOSAS, TUBÉRCULOS E FUNGOS
É assim que se destrói o homem, em atenção, não! Não apenas o ser portador do mastro sexual, mas o animal de espécie humana. O fumo varre o meu olhar entre a realidade num lado, e a minha mente do outro, o vidro duplo no meio, física transparente da janela; da direita para a esquerda, embriagado pelo vento, enquanto se dissipa o tempo. Mas não! É assim que desaparece a minha vida. Enquanto como arroz, ao acordar, mas somente depois de passadas seis horas. Até lá, permaneço de estômago vazio a tentar escapar da morte. E ervilhas, e alface no dia da alface, e cenoura no dia da cenoura, e cogumelos, não os mágicos, no dia da não cenoura, depois de se terem acabado as regalias de poder escolher comer tudo exceto carne.
Conto cada moeda e frequências que me restam. A dissolução do acordo fraternal, previsível e instável, levou tudo, depois de seis anos a negar o evitável; anos que se prenderam à todas as decisões tomadas, desde o momento em que os meus pais, acidentalmente, deram vida ao humano que me tornei, até milhares de dias atrás, minutos que antecederam a rutura. Mas não! Não é assim que se destrói, põe-se fim ao marco de toda uma tentativa de encontrar a felicidade e a paz, nos braços de quem só me teve por posse, como se de um escravo se tratasse a minha existência, tal como foram enjaulados os meus antepassados mais próximos, acorrentados e separados do que lhes era posse por direito de nascença, alguns dias antes do meu nascimento.
Ao olhar para o fumo que se dissipou por completo, vejo as arvores que ao de longe são menores do que o meu medo, mas ao de perto, são tão altas quanto ou mais do que a minha alma que clamou por ajuda, à minha mãe, se é que ainda a posso chamar mãe; à minha irmã, não tão adorada desde sempre; ao meu irmão, em quem me espelho inversamente; aos agiotas, que nunca soube onde encontrar; aos ladrões que guardaram o meu dinheiro todo, durante a vida que perdi; aos traficantes, de tudo e menos alguma coisa; aos assassinos, de sonhos e modos; aos meus amigos, envenenados pela mulher que me desposou outrora; aos que ajudei um dia, a troco de nada; e ainda assim, nem mesmo por não merecer um pingo de empatia, ainda assim, ninguém me estendeu a mão, exceto?
Exceto a única pessoa que em meio tempo passou a ver quem sou, e descobri que sempre foi tudo; o que se esconde por baixo da máscara, quem se esconde por baixo do olhar e dos sorrisos, muitas vezes falso, muitas vezes desnecessário, mesmo não podendo dar mais do que o último centavo que lhe resta, permaneceu aqui, ao lado, a segurar-me pela mão e pelo olhar, numa tentativa de reanimar o homem, mas não o que carrega entre as pernas a corda reprodutiva, e sim o humano que nunca deixou, e se nega a deixar de ser uma criança, a mesma que chora sempre que se lembra de todas as vezes em que quase morreu, e que também morreu um dia, mas voltou por ter encontrado a resposta para a continuidade da vida, a criança que tem, com o passar de cada ano, menos dias para chorar, enquanto se prepara para ser o motivo do choro de, talvez, menos pessoas do que consegue contar, com quatro dos seus cinco dedos da mão esquerda.
É assim que se destrói um homem. Enquanto como arroz, antes de me deitar e desejar acordar noutra manhã, até lá, permaneço de estômago vazio a tentar escapar da morte. E ervilhas, e alface no dia da erva, a não psicoativa, e cenoura no dia da cenoura, e cogumelos, não os mágicos, no dia da não cenoura. Porque quem jurou amar-me abandonou-me quando tudo ficou extremamente difícil e necessário. E todos os que me amam, ainda, os mesmos que deduzo que não sabem o que é amar, estão longe agora que estou mais perto da transcendência. E apesar de me ter afastado propositadamente, para desperdiçar comigo mesmo alguns poucos anos da minha vida, ainda assim, me sinto indigno de pena, dissociado de tudo o que é meu, não por direito de nascença, mas por direito de divindade, de criação, de clonagem da minha acidez desoxirribonucleica, e dos meus glóbulos falciformes, alimentados pelos açucares naturais do pouco que me resta para comer, e pela gordura, e músculos do meu sempre magro corpo.
E assim se mutila e assassina o homem, fazendo-o comer-se a si mesmo, do tutano dos ossos para fora, até que inclusive os sonhos se tornem o único alimento imaginável que lhe resta para adormecido energizar a vida.
Reinicia.
Com amor;
Aladino.
submitted by TapperTotoro to desabafos [link] [comments]

O BLM fez-me racista

Não teve nem 10 minutos no outro sub, quiz por aqui para ter outras perspectivas.
Fui criado a tratar todos da mesma maneira e julgar as pessoas ao nível das suas acções. Sempre tive isso como um dos meus pilares morais.
Ao crescer sempre vi pessoas a terem comentários de merda como "há e tal isso são coisas da tua cabeça", "ha e tal nasceu mulato mas tem olhos verdes já viste!?", "(estava a mandar vir com ele) e mandou me à merda", "ela é gira mas é burra e antipática", "não sabe coser nem cozinhar o marido é que faz tudo" entre outros. Estes sempre foram comentários que ou eram parvos para quem tinha a pele mais rija ou ofensivos para os outros. Às vezes acabavam com altercações mas pronto a malta aprendia.
Fui educado com valores católicos, um dos que me foi bem embutido foi "não faças aos outros aquilo que não gostas que te façam a ti" que para quem tem carro na cidade parece ser algo que nenhum condutor conhece.
"Quem nunca pecou que atire a primeira pedra" ou "não acredites em tudo o que ouves" que até há pouco tempo eram ícones na língua portuguesa mas agora já não. Agora basta ouvir "racista", "homofóbico", "nazi", "neo-", "sexista", "facho", "violador" que tudo o que é razão vai pela janela.
A isso entra um novo problema completamente importado dos Estados Unidos, "ismo sistémico" que não é ismo é um bicho papão que serve para pessoas que não foram educadas como deve de ser poderem ter um bode expiatório para justificar a sua própria incompetência/irresponsabilidade/infantilidade/imaturidade/falta de respeito. Algo que depois é papado pelos parvinhos todos na Internet que apesar de terem toda a informação descoberta pelo ser humano a dois cliques preferem achar que uma opinião anedótica de um gajo no Twitter é representativo do universo.
O meu problema neste momento é especialmente com o racismo, não estou a dizer que não existe quem o disser é obviamente estúpido. Sempre houve, ainda existe e continuará a existir. Agora a prevalência é que é diferente. Se me disserem que Portugal é mais racista que a China ou grande parte dos países em África ou Rússia ou Japão vou vos dar um estalo.
(Os exemplos seguintes são dos Estados Unidos) Não interessa que a maior causa de violência a negros sejam outros negros, não interessa que a maior causa de morte de negros sejam outros negros, não interessa que os brancos sejam os mais mortos pela polícia, não interessa que em países em que ter arma (us, México e Guatemala) é um direito constitucional hajam mais mortos pela polícia, não interessa que isto seja um problema maioritariamente americano. Não interessa que quando os navegadores chegaram a África para trocar bens foram lhes dados escravos em troca. Não interessa que países como Israel, Arábia Saudita, Rússia, China não recebam refugiados. "O homem branco é racista"
Mas isto não é exclusivo do racismo, sexismo também é outro bom exemplo. Não interessa que no ocidente as mulheres (tendo em conta todas as variáveis especialmente mesma educação, experiência, propensão a risco, e horas de trabalho) recebem ligeiramente mais que o homem, como saem do emprego para formar famílias (daí o wage gap), também não interessa que em Portugal as mulheres fiquem com a custódia dos filhos 95% das vezes ou que iniciem ≈80% dos divórcios, ou que a violência doméstica tenha taxas semelhantes entre homens e mulheres. "O homem é machista"
Mas se vens com justificações ou ousas sequer em rejeitar tais ideais progressistas és "-ista" Obviamente
Estou a dizer que estes problemas não existem ou não possam existir!? NÃO FODASSE ÓBVIO QUE NÃO. Estou a dizer que não são prevalentes? Estou. Dizer que é um bicho papão que está tão entranhado na "cultura branca" é pedir um convite a fazer como alguns dos escravos libertados nos EUA fizeram quando voltaram para África que acabaram por ser mais discriminados do que eram lá apesar de serem da mesma cor.
A Europa é o sítio menos racista no mundo se acham que é racista e sexista ponham-se no caralho experimentem o Sudão do Sul ou o Irão estão os dois bons nesta altura do ano. Eu obviamente pela minha narrativa e maneira de tratar pessoas segundo as suas acções sou racista e de certeza que não vou mudar. Se és um humano de merda és um humano de merda dá me igual que sejas "preto, monhé, kike, chinoca, cigano, paneleiro, gaja ou travesti" estou me a cagar. Assim que fazes algo que não é socialmente aceitável e até que tentes emendar ou mudar és inferior a mim e à média nacional, ponto.
Isto leva me a falar sobre a importância de uma sociedade homogénea, vocês não têm a noção de como ter uma sociedade assim é importante. A religião até à pouco tempo era quem mantia essa uniformidade em Portugal. O momento que se começa a apontar diferenças é o momento que as sociedades se dividem. Não é por nada que assim que Espanha permite cada região falar a sua própria língua que começam os movimentos separatistas. Não é por nada que o divide et impera é a estratégia militar mais bem sucedida de todos os tempos e uma que a Rússia usa desde a guerra fria(1983) e que tem usado (tanto como a China) para criar divisões nos Estados Unidos e vindo a verter para cá pelas redes sociais.
Eu acho e entendo que quando há problemas se devem falar neles contudo sou contra alimentar narrativas que se dizem prevalentes mas quando vamos a ver acontecem pontualmente. Tal como "os videojogos fazem as crianças matar pessoas" vamos ver os números... Correlação 0. Correlação com acesso a armas fraco. Correlação com passarem na televisão é grande.
Isto de alimentar narrativas de victimização e narrativas de extrema esquerda vai dar merda mais tarde ou mais cedo. Já estamos a ver partidos de direita e extrema direita a aparecer por todo o lado. O pnr a ganhar mais força e o Chega a ter o maior crescimento que algum partido alguma vez teve na história de Portugal. Continuem a dizer que são vítimas de ismos e a dizer que os outros são nazis continuem. Continuem a achar que a comunidade cigana não cria problemas e Leirosa há de se tornar num Panamá do Sul.
Sempre vi a cor de pele do outro como alguém vê a cor do cabelo ou cor dos olhos nunca registei sequer até ser chamado à atenção, hoje é a primeira coisa que noto continuo com a minha moral de tratar com respeito quem assim o merece mas irrita-me solenemente já não conseguir ver a cor de pele como a cor dos olhos.
submitted by HairlessButtcrack to portugueses [link] [comments]

Não aguento mais estar dentro de uma casa a qual não posso chamar um Lar.

Bem, não sei o que escrever honestamente, vou só desabafar nem sei se alguém vai ler isto sequer...é um desabafo, e quem se relacionar pode partilhar as suas histórias neste post
Desde que me lembro nunca tive um pai suportivo, nunca tive um pai que me desse amor nem carinho, ele é alcoólico, que acha sempre que está certo e que os outros estão sempre errados e cheio de orgulho, sempre desde pequeno que me manda "bocas" a dizer que não sou filho dele e de verdade não sou e desde que tenho 12 anos perdi todo o respeito por ele (vou fazer 18) e honestamente foram 17 anos de sofrimento praticamente, já conversei e discuti com ele imensas vezes, já me agrediu mesmo eu sendo criança (agora que me estou a impor e a ter uma atitude para me defender a mim e a minha mãe) sim porque as minhas maiores "forças" são a minha mãe e a minha namorada, a minha vontade é de sair deste buraco, a minha mãe tem onde ir morar (pode ir morar com o meu pai biológico, e eu também, mas devo ir viver com a minha namorada, ela sabe a minha atual situação e não se opôs ao dar-me casa e apoia-me nisso).
Mas eu não sei se por lei posso sair ou não sozinho daqui, eu e a minha mãe estamos a planear em sair mas ainda vai demorar mas não sei se consigo aguentar mais tempo, a APAV não nos deve ajudar, não sei muito bem o que podem fazer mas duvido que nos ajudem em algo, o tema da violência doméstica é um grande problema em Portugal de facto, há muita gente a sofrer em silêncio e infelizmente chegam a haver mortes e vítimas por causa do mesmo, espero que possam partilhar comigo as vossas histórias e se estiverem uma história semelhante ou se me puderem ajudar em algo que me possam esclarecer agradecia...
Obrigada se lestes isto até ao fim <3
submitted by TavaresSK to portugal [link] [comments]

Estou muito confuso (🛑 ALERTA DE TEXTO HIPER SUPER MEGA GRANDE 🛑)

Bom, isso aqui vai demorar; então você que realmente não tá afim de ler um mini livro, acho que não vai valer a pena pra você hehe. Vamos lá, tenho 16 anos, meu pai é um sociopata que batia muito na minha mãe, já chutou ela ameaçou de morte e os krl, porém (surpreendam-se) ela se descobriu lésbica. Ela teve eu e meus dois irmãos com meu pai, mas depois que se descobriu lésbica começou a namorar minha madrasta enquanto ainda era casada com meu pai a cerca de 10 anos atrás. Quando minha mãe ainda estava com meu pai, ela tinha muito medo dele e por isso não queria pedir o divórcio; minha avó, minha madrinha e minha madrasta incentivaram ela e ela acabou pedindo, teve a separação de bens e tal, a guarda foi pra ela, e etc, etc, etc... meu pai não para de importunar não só ela como meus irmãos até hoje; ele teve criação militar e fazia o mesmo comigo e com meus irmãos, eu tinha que estudar até cerca de 2 da manhã e acordar às vezes as 6 para ir pra escola; era um INFERNO eu ODIAVA com todas as minhas forças aquela casa; bom mesmo o jeito com que ele """""educava"""" eu e meus irmãos ser uma bosta, era inegável que, querendo ou não, funcionava; minhas notas eram exemplares, ganhei competição de matemática, português, soletração e várias e várias medalhas de judô e jiu-jitsu, detalhe: eu odiava esses esportes, ainda mais por causa do professor que >literalmente< batia com um pedaço de cano de pvc nas costas dos alunos. Eu odiava muito meu pai porém ele tinha uma coisa que atraia eu e meus irmãos: $$$. Ele tinha muito dinheiro, então a gente viajava quase todo ano pra fora do Brasil; fui pro Chile 3 vezes, Paris 2 vezes, Roma 1 vez... sem contar as viagens dentro do próprio país que pra uma criança é o paraíso: Beto Carrero; Beach Park; já entrei literalmente dentro da Amazônia, mergulhei com golfinhos; fui pra Fernando de Noronha fazer mergulho profundo, nadei com tartarugas, vi os filhotes das tartarugas pelo projeto Tamar; fui pra cidade de gramado, já fui pro Sul, pro Paraguai, vi as cataratas do Iguaçu; eu tinha uma casa na árvore, um quintal com váááários brinquedos... Enfim, o dinheiro acabava compensando.
Mesmo assim, ver meu irmão quase sem conseguir andar de tanto apanhar do meu pai, a marca do chinelo certinha nas costas dele ao ponto de eu ter que dar banho nele e vários outros casos já estava enchendo a minha paciência. Minha mãe era meu porto-seguro, com ela eu era mais leve, eu via os problemas da vida indo embora, apesar de ela não ter o dinheiro do meu pai e não poder dar as coisas que ele dava, era um alívio enorme no meu coração poder pisar na casa dela e saber que ali, ALI eu tava seguro; sem gritaria, sem ordens 24h, sem ter que me preocupar em apanhar por ter deixado a caneta cair da carteira, ali eu tava de bem com a vida.
Eu e meus irmãos fomos crescendo e começou aquela história, processos e mais processos judiciais; minha mãe contra meu pai, meu pai contra minha mãe; se eu falar pra vocês que meu pai subornou uma escola CATÓLICA para criar um documento falso e colocar no processo vocês acreditam? Bom, aconteceu isso e muitas coisas mais, o problema é que eu sou idiota, eu tenho o coração mole e por mais que tudo que o meu pai fazia eu, lá no fundo, perdoava e me fingia de cego; pra mim era só uma pessoa triste que precisava de amor, assim como eu, antes da minha mãe me dar esse amor. Eu ficava com raiva do meu pai; mas aí ele vinha falar comigo e fazia aquela voz melancólica, uma cara triste e abaixada e ele SABIA que eu ia cair nisso igual um patinho, esse filho da puta SABE CARA, que ódio.
Bom, enfim, minha mãe quis morar aqui em Portugal comigo e com meus irmãos, longe de problemas, longe dos tiroteios do Rio, longe do meu pai. Ele ÓBVIAMENTE não queria isso de jeito nenhum, criou mentiras, contratou não sei quantos advogados, para atrasar o processo o máximo possível; para vocês terem uma ideia, minha mãe vendeu a casa que a gente morava pq precisava do dinheiro e fomos morar com a minha tia enquanto o processo não se resolvia; minha tia mora em um apartamento, meu pai tentou ALUGAR o apartamento DO LADO do da minha tia pra literalmente ESPIONAR o que a gente tava fazendo, eu até hoje não acredito nisso cara, parece que foi um surto coletivo meu deus do céu.
No fim, conseguimos vir pra Portugal e começaram os problemas comigo, vamos lá: eu sou muito tímido, não falo com ninguém e tenho minha auto estima muito baixa (obrigado pai), meu pai me xingava sempre de burro, idiota e tals e quando eu literalmente tirei 11 em uma prova que VALIA 10 ele só mandou o famoso: não fez mais que sua obrigação. Bom, eu não sou bom com pessoas em geral, e minha adaptação foi bem difícil; eu tô aqui a um ano e meio e tenho 2 amigos; um é brasileiro que se mudou pra cá e o outro é um SUÍÇO que nem sabe falar português direito aí eu tenho que ajudar ele. Eu gosto de ficar na minha e tals desenhando ou conversando sobre o sentido da vida e a insignificância humana; na aula de filosofia tinha tantas coisas e experiências que eu queria compartilhar com a minha turma que vocês não fazem ideia, só que eu sou tímido e levantar a mão para falar está totalmente fora de cogitação; teve um trabalho em grupo que eu tive que apresentar aqui que foi uma das piores experiências da minha vida; minha mão começou a suar frio, eu começei a tremer, minha voz começou a falhar e quando acabou a apresentação eu tive que ir correndo pro banheiro respirar fundo, contar até 10 e tal, eu tava quase desmaiando, sem zoeira.
Bom, nunca encontrei pessoas aqui igual meus amigos do Brasil, onde conversávamos sobre anime, pokémon, desenhos, quadrinhos, super heróis, vídeo game, e etc; a maioria da pessoas aqui são adolescentes e eles só sabem falar sobre uma coisa: SEXO; eu não aguento mais cara; minha irmã se adaptou super bem, ela é meio que famosa aqui por causa do Instagram e do TikTok, além de ser a pessoa mais extrovertida que eu conheço; eu fiz um post também lá no sexualidade falando mais sobre essa parte da história, pode dar uma conferida se quiserem também :-). Bom dando uma resumida eu nunca beijei ou transei ou bebi ou qualquer coisa desse gênero, eu odeio multidão então qualquer convite que me convide para uma festa ou algo assim eu recuso de cara (até pq, se eu fosse eu ia ficar no canto rezando para que aquele inferno acabasse); aqui a bebida é liberada depois do 16 então é uma putaria só, os cara transa, bebe, fuma cigarro, maconha e os krl, tô nem brincando.
No fim de tudo acaba assim, eu me sentindo sozinho, com aquela famosa carência, e eu acabo percebendo que eu tenho muita raiva de tudo; tenho raiva de mim, das pessoas ao meu redor, dos meus professores, da escola que eu vou me mudar, de como eu não deveria estar reclamando porque eu obviamente sou muito privilegiado em relação as outras pessoas. Minha mãe é programadora e a maioria dos clientes dela são restaurantes; por causa do corona eles estão sem clientes, sem clientes = sem dinheiro, sem dinheiro como que eles vão pagar minha mãe? Estamos passando por um momento muito difícil e pra mim que sempre tive tudo é meio que um choque de certa forma, mas eu acho bom, pq assim eu passo a valorizar mais o que eu tenho; mas voltando, eu me odeio desde que me lembro como pessoa, e sinto que tô só vivendo; tipo, literalmente só vivendo; se eu fosse definido por um estado ou se você me perguntasse o que eu tô fazendo agora, a melhor resposta eu acho que seria simplesmente: Existindo.
Bom, eu não vou entrar muito em relação a vida amorosa e tals pq tá no post lá no sexualidade. Eu queria falar várias outras coisas, mas meus dedos estão doendo já, e eu acho que se você tá lendo aqui, eu te fiz ler muito né? Kkkkk, desculpa.
Bom por hoje é só pe-pe-pessoal.
Mas agora sério, se você leu até aqui, obrigado, significa muito pra mim :)
submitted by Kl111w to desabafos [link] [comments]

Eu venci a depressão e é isso que tenho feito desde que me curei! - Parte 5/365

Uma espécie de diário aberto: Tinha vezes em que eu não queria ou voltava para casa.
Olá!
(Editado: comecei a escrever há mais de três horas (usar atrás nesse ponto configuraria redundância lol) e agora que terminei, vejo que o texto é enorme. O próximo será mais curto, prometo!)
Para colocar em perspetiva: tudo isso aconteceu no meu último ano de casamento, e nessa mesma altura, os pensamentos sobre acabar com a minha própria vida ganharam tamanha força e se a minha ex-esposa não tivesse ficado grávida do nosso segundo filho, tenho a certeza de que não estaria por cá hoje. Ele, o meu segundo Príncipe, foi um dos gatilhos para a minha decisão de lutar pela vida.
Em 2018 aconteceram imensas coisas e mudanças na minha vida, começando pelo caos no início do ano após perder o trabalho porque os serviços de fronteiras e estrangeiros de Portugal cometeram um erro relativo à caducidade do meu cartão de residência (deveria caducar em Agosto, e eles colocaram Fevereiro - o documento tem a validade de 5 anos, o meu teve 4 anos e 6 meses apenas), e por conseguinte, estar impedido de trabalhar (por conta própria ou de outrem), seguido do facto que eles obrigaram-me a renovar o meu passaporte que caducava em, na altura, mais ou menos seis meses (para cidadãos Angolanos isso implica duas coisas: ou gastar mais de dois mil euros para viajar para Angola e tratar dos documentos ou pedir para alguém que tenha uma procuração para tratar, apostilar e autenticar em vários órgãos governamentais Angolanos e Portugueses em Angola tais documentos, coisa que demora pelo menos 2 meses).
Segundo, o piorar da relação "juridico-afetiva" porque mesmo com todas as coisas que aconteciam na minha vida, a minha ex-esposa acusava-me das coisas mais absurdas (se ela sonhasse com algo que me envolva com outra mulher a culpa era minha; se uma mulher na rua olhasse para ela de forma fixa era porque tinha alguma coisa comigo mesmo quando ela saía sozinha; discussões e acusações de que ela era vítima por parte da família dela acabavam sempre com o "eu só não faço porque o Aladino não gosta" - nota: esforçava-me para estar com a família dela, mas havia dias em que preferia não estar porque não são as melhores pessoas do mundo, mas nunca a proibi de ir, mesmo sem mim, mas ela sempre disse que não ia porque eu não queria ir ...).
Tudo isso e mais alguma coisa me fez me focar imenso em começar a trabalhar num projeto pessoal enquanto estava proibido por lei de exercer alguma atividade laboral remunerada por causa dos meus documentos de residência que, mesmo que erradamente, estavam caducados. Então atirei-me de cabeça para um projeto literário para editar e publicar obras de outros autores sem cobrar absolutamente nenhum valor monetário. Como é que pretendia ganhar dinheiro com isso? Por cada cópia das obras artísticas que o autor vendesse, eu ganharia 5% e outros 5% iam para um fundo para ajudar tanto os autores quanto outras pessoas que precisassem de ajuda, 10% o autor tinha a opção de investir para criar "merchandise" e os restantes 80% revertiam integralmente para o autor, afinal, ele é a pessoa mais importante no projeto que tinha. Além disso, também tinha alguns pequenos investimentos que me ajudavam a suportar as despesas mensais ...
Aos poucos fui ficando mais reservado pois sentia-me traído pela minha ex-esposa depois de ter pedido em várias ocasiões para que ela não me usasse como escudo para as guerras dela e para que parasse de falar dos meus projetos e problemas ou questões para outras pessoas, coisas estas que só diziam respeito a mim e à ela. Ela prometeu-me também em várias ocasiões que não o faria (por incrível que pareça, as mesmas pessoas que eu não queria que soubessem das coisas, não sei com que intuito, conversavam comigo a falar sobre tudo o que faço, e também sobre as que não fazia eu a ideia que fazia, mesmo sem ter eu contado nada, exceto para a minha ex-esposa), mas por amá-la imenso, não me chateava ou discutia. Na verdade (só) discuti uma vez, pois prefiro sempre estar calmo e conversar do que me exaltar ...
Isso fez-me adotar um ciclo que se tornou mais vicioso do que era: acordar, trabalhar, estudar e quando me lembrasse, comer. Era (quase) tudo o que fazia. Não havia nos meus dias espaço para lazer para mim, não havia espaço para falar com amigos (ou poucos que restavam e que não sucumbiram ao veneno dela ou não pararam de falar comigo por causa dos ciúmes dela), não havia espaço para viajar e estar com a minha família; nada extra, somente acordar, trabalhar, estudar, comer, tentar dormir.
Aos poucos o projeto começou a dar muito certo, e como não tinha dinheiro para contratar alguém para me ajudar, tampouco podia por causa da situação dos meus documentos; comecei a fazer mais coisas, como ir à reuniões com possíveis autores e com os que tinham obras comigo para editar e publicar, conhecer instituições com as quais queria ter parcerias, salas e auditórios para o lançamento das obras que editaria e publicaria sob o selo do projeto, enfim, uma infinidade de coisas que não conseguia terceirizar. Além das imensas chamadas telefónicas e emails, tinha de ir presencialmente a muitos lugares, recebia muita gente em casa também (onde tinha o meu escritório) e muitas das vezes tinha de ir para lugares que só funcionavam ao final da tarde e noite (na maior parte das vezes era porque eu só conseguia ir para lá ao final da tarde mesmo).
Por algum motivo, a minha ex-esposa tinha ciúmes disso e as pessoas diziam que andava a traí-la, tanto que ela visitou "bruxas" ou pessoas que "têm visão" e que diziam que era isso que eu andava a fazer sempre que recebia uma mulher em casa (eu sou "bissexual" e as pessoas com "poderes sobrenaturais" nunca afirmaram que eu a traí com homens, só com mulheres), mas não me importava com isso pois tinha a minha consciência limpa. O cúmulo foi quando alguém disse que me viu num lugar com uma mulher qualquer quando estava em casa a dormir, e ela minutos antes saiu de casa para ir às compras e deixou-me a dormir e era fisicamente impossível eu estar naquele lugar (não existe maneira de sair em menos de 10 minutos do ponto A até ao ponto B quando a distância entre ambos é de mais de 20 quilómetros e só existirem estradas muito movimentadas e com limite de velocidade de 60 Km/h nessa mesma área). Nessa ocasião, depois de já termos tido vários momentos em que ela gritava comigo por ciúmes (ou simplesmente por algumas vezes dar eu prioridade às coisas que faço em vez das dela - para colocar em perspetiva: 80% do meu tempo e dinheiro foram gastos com e para ela, 19% com os meus filhos e o restante 1% era para mim e para os meus amigos e outros familiares, isso desde que me mudei para Portugal em 2012) ela preferiu acreditar na pessoa que disse que me viu na rua com uma mulher qualquer. Simplesmente cansei-me de (tentar) explicar e voltei às minhas coisas (nota: não é muito fácil eu ser confundido com outra pessoa, primeiro porque sou extremamente alto, e segundo porque eu tinha o cabelo cor de prata na altura e não corto a barba numa tentativa de fazê-la crescer, coisa que se tem mostrado infrutífera para a minha deceção heheheh).
Os dias em que eu saía de casa, conduzia sem destino ou estacionava o carro num lugar qualquer e caminhava sozinho, voltando para casa somente no dia seguinte.
Depois desse episódio absurdo, passei e ligar cada vez menos ao que as pessoas diziam sobre mim, inclusive ela, a minha ex-esposa, pois nada disso me estava a fazer bem, e sempre que o ambiente em casa ficava insuportável, eu saía de carro sem destino, sem atender o telemóvel ou ver as mensagens, eu simplesmente queria estar sozinho com os meus pensamentos e tentar entender o porquê de mesmo não fazendo nada de errado, estar sempre errado. Todo esse caos junto com o luto pela morte do meu pai que só consegui fazer depois de me divorciar, arrastaram-me para o fundo do poço da saúde mental, não havia um dia em que eu podia parar para estar com ela sem que começasse tudo bem e se alguma pessoa afirmasse alguma coisa que não fiz, ela simplesmente acreditava nelas mesmo não dando eu motivo para tal. Ou terminavam mal quando ela queria sair e eu não podia/queria ir com ela, ou se fosse, não fizesse tudo exatamente como ela queria que eu fizesse.
E esses dias terminavam comigo a ouvir os gritos dela, com ela a gritar com o meu primeiro Príncipe por coisas absurdas, com ela a chorar e a pedir desculpas e prometer que mudaria e não mais gritaria pois eu odeio gritos por causa da minha infância e ela sabe disso desde que nos conhecemos, e afirmava isso sempre que pedia desculpas; mas o dia seguinte era só uma "reprise" do dia anterior mas mais intenso pela negativa ... a única saída para mim era sair de casa sem destino, ir até ao mar algumas vezes e deixar que o mundo lavasse a minha alma e mente, mas estava errado. Ninguém sobrevive ao caos se não sair dele definitivamente e afastar-se da variável que é a ignição do caos. Eu só percebi isso num dia em que saí de casa de madrugada e numa estrada reta fechei os olhos (não para dormir, mas fechar para não ver o mundo mesmo) e acelerei o máximo que pude. Eu queria ver até onde é que conseguia ir se não visse nada, ou o que aconteceria se tivesse um acidente, mas alguma coisa fez-me abrir os olhos.
No dia que precedeu o em que fechei os olhos enquanto condizia, a minha ex-esposa voltou para casa a chorar em desespero com uma carta (é assim que se chamam dos documentos ou faturas que chegam por correio aqui em Portugal) aberta na mão, e eu soube logo que ela estava grávida do nosso segundo filho, mesmo não sabendo que ela tinha feito o teste ou que suspeitava disso. Soube porque a reação dela foi exatamente igual quando ficou grávida do nosso primeiro filho. Novamente eu sorri e fiquei super feliz apesar de ter, durante o ano de 2017, dito que não queria ter outro filho (ela disse muitas vezes para mim e para outras pessoas com quem estivemos que queria ter outro filho). Abracei-a e limpei as lágrimas dela, disse que estava tudo bem e que teríamos o filho e ela disse que chorava porque achava que eu não quereria que ela tivesse a criança (porque ela contou para outra pessoa antes de me ter contado que estava grávida e esta disse que eu diria para ela fazer o aborto, mas eu sou pró-vida e sempre disse para ela que apesar de não querer, nunca recorreria ao aborto caso ficasse grávida novamente pois todas as vidas são preciosas para mim). No momento não dei importância para esse pequeno facto pois estava tremendamente feliz ... E meses depois, quando a nossa relação chegou no ponto de rotura, soube que ela planeou a gravidez e que usaria isso para prender-me à ela e "salvar" a nossa relação.
Foi um dos piores sentimentos que tive ao ouvi-la a dizer isso ao telefone enquanto falava com a nossa gestora de conta bancária. Ela nunca soube que ouvi essa conversa (acho que achou que eu estivesse no escritório no piso superior de casa e ela estava na sala no piso inferior e do corredor dá para ouvir quem fala na sala, mesmo com a porta fechada). Depois disso, outra pessoa mandou-me uma mensagem a dizer a mesma coisa, e perguntou porquê é que eu queria que ela ficasse grávida só para salvar a nossa relação ... Nunca respondi essa mensagem. Nunca contei para ela que sei de coisas que fomentaram o meu dizer "sim, aceito o divórcio" quando ela pediu o divórcio a meio da gestação do nosso segundo filho (o divórcio também era mais uma jogada dela para "pressionar-me psicologicamente"). As pessoas que se importam comigo até hoje mandaram-me áudios, prints das mensagens trocadas onde ela dizia as coisas mais absurdas e partilhava os planos que tinha para preservar o nosso casamento e manipular-me psicologicamente; cheguei inclusive a entrar para as contas dessas pessoas com a autorização delas só para ver que os prints e áudios eram reais e recebidos das contas que ela usa. Mas o meu "sim" para o divórcio, foi mesmo quando uma das pessoas da família dela disse, numa conversa telefónica, que se me visse na rua atropelar-me-ia por estar eu a pedir o divórcio numa altura em que ela estava grávida, entretanto, quem pediu o divórcio foi ela, depois de sem eu saber ter ela ido ao advogado tratar dos papeis, e para todas as pessoas que ambos conhecemos ela disse que fui eu a pedir o divórcio e a tratar disso (os agendamentos com o advogado).
No início do ano corrente (2020) confrontei-a com esse facto último, pois por alguma razão ela andava a tentar controlar a minha vida mesmo depois do divórcio e disse na minha cara que fui eu quem pediu isso (o divórcio) e que só estamos divorciados porque quis e pedi isso. Foi a primeira vez que ela disse essa mentira para mim, e fiquei chocado pois ela acredita nas próprias mentiras que cria a ponto de contá-las para mim com se fosse verdade. Mandei para ela as mensagens do dia em que ela avisou que estava marcada a reunião com o advogado para tratar dos papeis do divórcio, e na mensagem seguinte pergunto: O quê? Divórcio? Que divórcio?
Ela nunca respondeu a mensagem em que a confrontei com o facto de que foi ela quem pediu o divórcio, não contei outro facto sobre coisas que sei dos planos ardilosos engrenados por ela; e acho que nunca contarei. Só espero que os meus Príncipes sejam fortes o suficiente para lidar com ela até a maioridade, e que ela não os manipule da mesma ou de outra maneira.
Depois do divórcio, nunca saí de casa sem destino, nunca mais discuti com alguém ou me exaltei, vivi na rua e tive crises de ansiedade graves, fiz medicação para a mente, fui acompanhado por psicólogos e tive de ir à polícia apresentar uma queixa de violência doméstica (mesmo depois do divórcio, qualquer tipo de violência psicológica ou física por parte de um ex-conjugue configura violência doméstica aqui em Portugal e pelo que me lembro das aulas de direito que tive no secundário, em Angola também), mas tudo isso foi parte do processo para poder sair definitivamente do buraco da depressão ...
Para todas as pessoas que estejam a viver algo parecido, a melhor saída é mostrar para as pessoas que fomentam o caos da vossa vida que elas são o mal que vos afeta a ver se elas percebem o mal que fazem, mas tentem o máximo que puderem, caso as coisas não mudem ou comecem a piorar, simplesmente afastem-se delas, definitivamente ou não, mas afastem-se, pois a saúde mental degrada-se imenso e se passamos o ponto de rotura, as consequências podem ser desastrosas. Nada nesse mundo vale a perda de uma vida, nada nesse mundo é precioso o suficiente para poluir a nossa saúde mental a ponto de todas as coisas e pessoas se tornarem só objetos animados que nos rodeiam. Afastem-se de tudo e de todos os que fazem mal com consciência dessa maldade. Amem ao máximo, mas afastem-se.
Com carinho;
Aladino.
submitted by TapperTotoro to desabafos [link] [comments]

Dados Estatísticos COVID-19 [24 de Abril, 2020]

Olá a todos, espero que estejam todos bem. Venho aqui deixar uma série de dados interessantes sobre a evolução do novo contravirus em Portugal, e em comparação com alguns outros países.
Podem encontrar o PDF aqui: https://docdro.id/lAuxEOw (Agora com as fontes dos gráficos)

Algumas perguntas interessantes que tentei responder:

Estamos a fazer testes suficientes?
De momento temos uma taxa de 1 em cada 10 testes a dar positivo, em média. Em termos per capita, dos países analisados encontramos-nos no top 3 de maior número de testes per capita. Considero, em jeito de opinião, que de modo a avançar e deixar o estado de emergência, deve-se pelo menos duplicar esta capacidade. Falta ainda fazer testes sorológicos para imunidade em larga escala.

Qual a evolução do número de casos e óbitos quando olhamos para valores per capita sincronizados entre países?
Sincronizando pelo dia em que dado país atingiu 0.001% da sua população infectada (ou 0.01% para óbitos), Portugal não se encontra entre os países mais afectados, estando dentro do desvio padrão de países como a Alemanha.

Qual a taxa de letalidade para pessoas diagnosticadas com COVID-19, nos diferentes países?
A taxa de letalidade em Portugal ronda os 3.70% (ou seja, cerca de 3.70% das pessoas infectadas acaba por sucumbir à doença). Identificam-se dois factores importantes que controlam esta taxa de letalidade: o número de testes (se pessoas não forem identificadas como positivas, e só se testarem os casos mais graves, naturalmente a taxa de letalidade vai parecer mais elevada, este é o caso de países como o Reino Unido e a Suécia) e a sobre-lotação dos serviços de saúde (que causa mortes por falta de tratamento adequado, é o caso de países como a Itália e a Espanha).

Qual o estado de lotação dos serviços de saúde?
Portugal esteve próximo da sobre-lotação dos serviços de saúde durante a primeira semana de Abril, mas desde então foram anunciadas novas aquisições de ventiladores e instalações de unidades de cuidados intensivos provisórias. A taxa actual de lotação de UCIs deverá rondar os 33% e o número de ventiladores ocupados será, em média, 42%. Estes dados são aproximações muito arredondadas, a partir de informações disponibilizadas em notícias que reportam o número de ventiladores e camas UCI disponíveis. É de salientar que o número reportado pela DGS de pacientes internados devido ao COVID-19 tem vindo a decrescer consistentemente nos últimos 8 dias.

A população está a aderir às medidas de segurança e distanciamento social?
Regra geral, Portugal foi dos países que mais aderiu às regras de ficar em casa, indo em média -80% às compras, supermercados e farmácias. No entendo, no mês de Abril, tem-se verificado um decréscimo considerável no cumprimento destas indicações, com as idas a locais públicos a aumentar cerca de 15%, mostrando talvez um certo "cansaço social".

Qual o impacto destas medidas na libertação de CO2, a nível mundial?
Ao contrário de algumas notícias referentes à libertação de gases azotados, a libertação de CO2 a nível mundial não mostrou um decréscimo considerável, estando a par ou mais elevada que as emissões de 2019.

Qual o impacto destas medidas na economia mundial e em Portugal?
Diferentes índices a bolsa a nível mundial mostraram um crash inicial, com algumas das respostas primárias a amenizar este efeito, encontrando-se, actualmente, semi-estáveis. Pretendo ainda estudar os novos valores de desemprego em Portugal.

O investimento na saúde, em percentagem do PIB, tem relação com a resposta à crise?
Regra geral, o investimento na saúde não se correlaciona directamente com uma melhor ou pior resposta a uma crise deste género.

Espero que seja útil, e espero comentários onde possa melhorar.

EDIT: Resposta às perguntas
EDIT2: Fontes dos dados
submitted by Dleet3D to portugal [link] [comments]

Liberdade religiosa: Total ou Limitada?

De vez em quando tento comparar textos legais de diferentes épocas que incidam sobre o mesmo tema. Desta vez lembrei-me de ver a evolução que teve o conceito de liberdade religiosa ao longo dos últimos dois séculos de História da nossa Nação. Para isso colocarei os textos referentes à liberdade religiosa das constituições dos principais regimes que tivemos desde o século XIX:
As duas constituições monárquicas assumem a Religião Católica como a religião dos Portugueses mas em 1826 vemos duas coisas interessantes: Primeiramente o venerar a Religião deixa de aparecer como deve explícito (ficando quanto muito implícito) e em segundo lugar é acrescentado que a liberdade religiosa de não católicos fica restrita àquelas que não ofendam a Moral Pública. De forma simples a Moral Pública é o conjunto de valores que uma sociedade valoriza e também um conjunto de ofensas.
Posteriormente, este conceito de Moral Pública foi sendo mantido de um modo mais ou menos explícito, ao mesmo tempo que o Estado fica laico.
Actualmente, apesar de termos um vasto número de artigos que mencionam a religião a liberdade de religião foi tornada universal. Ou seja, não há mais uma restrição de que os diferentes cultos devam estar em linha com os valores da sociedade Portuguesa. Desde que alguém não viole a lei é livre de pensar, orar, doutrinar, etc. valores que contrários aos da sociedade. Por exemplo. um jihadista pode acreditar e doutrinar outros que um livro sagrado garante um lugar no paraíso caso se mate um infiel, apenas é ilegal se materializar essas ideias.
No entanto, a nossa constituição actual não permite doutrinar com ideologias fascistas ou racistas (a meu ver muito bem apesar de haver outros extremismos deixados de fora). A razão de ser dessa proibição é que perfilar ideologias como essas conduz a actos de terror e contrários à Moral. Ou seja, são ideologias que se materializadas causam morte e sofrimento.
Acho estranho assim que a postura que tenhamos com as religiões não seja similar às que temos com ideologias políticas. Ambas se baseiam em crenças que o crente tem (uma num paraíso terreno, outra num paraíso celeste) e ambas condicionam o comportamento do crente.
A grande maioria das religiões é compostas de diferente cultos. Cada culto é um caso específico em termos de crenças. Um Católico não é um Protestante, da mesma forma que um Sunita não é um Xiita.
Nos tempos modernos alguns cultos do Islão têm-se radicalizados e levado os seus crentes a cometerem actos de terror e de sofrimento. O Wahhabismo, por exemplo, que é altamente apoiado pela Arábia Saudita, é uma versão extremista do Islão, que se aplicada faria a Humanidade retroceder séculos de progresso nos Direitos do Homem.
No entanto o discurso é sempre orientado ou a defender o Islão como um todo (ignorando que esses cultos existem e os crentes apoiam o terrorismo religioso) ou em criticar o Islão como um todo apesar da vasta maioria dos muçulmanos não pertencer a cultos extremistas (a maioria dos cultos é conservador nos valores, mas não extremista ao ponto de justificar guerra santa nos tempos modernos)
Assim sendo pergunto a quem leia este pequeno artigo o seguinte:
1 - Porque tratamos cultos extremistas com uma permissividade muito maior que ideologias políticas
2 - Sabendo que o problema não está em religiões, mas em cultos específicos, porque razão é permitido a disseminação de crenças embebidas em ódio e que potenciam crimes contra a Humanidade?
Pedia a todos a maior cordialidade no discurso, sem insultos nem comentários de ódio. Em baixo seguem os artigos principais remetentes à religião de cada constituição

Constituição de 1822 (Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves):
Artigo 1 - 19 Todo o Português deve ser justo. Os seus principais deveres são venerar a Religião; amar a pátria; defendê-la com as armas, quando for chamado pela lei; obedecer à Constituição e às leis; respeitar as Autoridades públicas; e contribuir para as despesas do Estado. Artigo 20 - 26 A Religião da Nação Portuguesa é a Católica Apostólica Romana. Permite-se contudo aos estrangeiros o exercício particular dos seus respectivos cultos.
Constituição de 1826 (Reino de Portugal)
Artigo 1 - 6 A Religião Católica Apostólica Romana continuará a ser a Religião do Reino. Todas as outras Religiões serão permitidas aos Estrangeiros com seu culto doméstico, ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de Templo. Artigo 139 - 4 Ninguém pode ser perseguido por motivos de Religião, uma vez que respeite a do Estado, e não ofenda a Moral Pública.
Constituição de 1911 (1ª República Portuguesa)
Artigo 3 - 6 Ninguém pode ser perseguido por motivo de religião, nem perguntado por autoridade alguma acerca da que professa Artigo 3 - 7 Ninguém pode, por motivo de opinião religiosa, ser privado ou isentar-se do cumprimento de qualquer dever cívico Artigo 3 - 8 É livre o culto de qualquer religião nas casas para isso escolhidas ou destinadas pelos respectivos crentes, e que poderão sempre tomar forma exterior de templo; mas, no interesse da ordem pública e da liberdade e segurança dos cidadãos, uma lei especial fixará as condições do seu exercício Artigo 3-9 Os cemitérios públicos terão carácter secular, ficando livre a todos os cultos religiosos a prática dos respectivos ritos, desde que não ofendam a moral pública, os princípios do direito público português e a lei.
Constituição de 1933 (2ª República Portuguesa)
Artigo 45 É livre o culto público ou particular de todas as religiões, podendo as mesmas organizarem-se livremente, de harmonia com as normas da sua hierarquia e disciplina, constituindo por essa forma associações ou organizações a que o Estado reconhece existência civil e personalidade jurídica Exceptuam-se os actos de cultos incompatíveis com a vida e integridade física da pessoa humana e com os bons costumes. Artigo 46 Sem prejuízo do preceituado pelas concordatas na esfera do Padroado, o Estado mantém o regime de separação em relação à Igreja Católica e a qualquer outra religião ou culto praticado dentro do território português, e as relações diplomáticas entre a Santa Sé e Portugal com recíproca representação Artigo 47 Nenhum templo, edifício, dependência ou objecto do culto afecto a uma religão poderá ser destinado pelo Estado a outro fim Artigo 48 Os cemitérios públicos têm carácter secular, podendo os ministros de de qualquer religião praticar neles livremente os respectivos ritos.
Constituição de 1975 (3ª República Portuguesa)
Artigo 13 2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
Artigo 19
  1. A declaração do estado de sítio ou do estado de emergência em nenhum caso pode afetar os direitos à vida, à integridade pessoal, à identidade pessoal, à capacidade civil e à cidadania, a não retroatividade da lei criminal, o direito de defesa dos arguidos e a liberdade de consciência e de religião.
Artigo 35
  1. A informática não pode ser utilizada para tratamento de dados referentes a convicções filosóficas ou políticas, filiação partidária ou sindical, fé religiosa, vida privada e origem étnica, salvo mediante consentimento expresso do titular, autorização prevista por lei com garantias de não discriminação ou para processamento de dados estatísticos não individualmente identificáveis.
Artigo 41
Liberdade de consciência, de religião e de culto
  1. A liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável.
  2. Ninguém pode ser perseguido, privado de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por causa das suas convicções ou prática religiosa.
  3. Ninguém pode ser perguntado por qualquer autoridade acerca das suas convicções ou prática religiosa, salvo para recolha de dados estatísticos não individualmente identificáveis, nem ser prejudicado por se recusar a responder.
  4. As igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto.
  5. É garantida a liberdade de ensino de qualquer religião praticado no âmbito da respetiva confissão, bem como a utilização de meios de comunicação social próprios para o prosseguimento das suas atividades.
  6. É garantido o direito à objeção de consciência, nos termos da lei.
Artigo 43 2. O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer diretrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.
Artigo 51 3. Os partidos políticos não podem, sem prejuízo da filosofia ou ideologia inspiradora do seu programa, usar denominação que contenha expressões diretamente relacionadas com quaisquer religiões ou igrejas, bem como emblemas confundíveis com símbolos nacionais ou religiosos.
Artigo 55 4. As associações sindicais são independentes do patronato, do Estado, das confissões religiosas, dos partidos e outras associações políticas, devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independência, fundamento da unidade das classes trabalhadoras. Artigo 59 1. Todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, têm direito:
submitted by aquele_inconveniente to portugal [link] [comments]

Cronologia do Covid-19

Boas malta fiz uma cronologia dos eventos nos estados unidos para entender como é que eles estiveram e quis comparar com a nossa. Decidi postar depois de ver este e este posts.
As conclusões não são boas, os media (americanos) dizem mal da inação do Trump mas nós tivemos uma sorte do Carvalho. Se em movimento de pessoas fossemos iguais a outros países os números eram muito piores, que se formos a olhar bem proporcionalmente em casos estamos ao nível dos estados unidos (mas com metade das mortes). A nossa primeira ação foi a meio de março.
(A minha cronologia certamente que não está completa e estou aberto a adicionar ou retirar coisas dadas fontes, Grande parte veio da Lusa/CM/JN outras coisas vieram da cronologia que fiz dos EUA)
Cronologia:
31 de dezembro de 2019 Organização Mundial de Saúde (OMS) revela haver mais de duas dezenas de casos de pneumonia de origem desconhecida detetados na cidade chinesa de Wuhan, província de Hubei.
1 de janeiro de 2020 É encerrado o mercado de peixe e carne de Wuhan que se pensa estar na origem da contaminação, dado que os doentes tinham todos ligação ao local.
4 de janeiro São 44 os casos de doentes com uma pneumonia de origem desconhecida reportados pelas autoridades chinesas.
5 de janeiro A OMS relatou uma "pneumonia de causa desconhecida" em Wuhan, China. A OMS desaconselhou restrições de viagem ou comércio na época.
8 de janeiro O CDC (EUA) emitiu o primeiro alerta público sobre o coronavírus.
9 de janeiro A OMS emitiu uma declaração nomeando a doença como um novo coronavírus em Wuhan. A China publicou os dados genéticos do novo coronavírus.
10 de janeiro É registado o primeiro morto, um homem de 61 anos, frequentador do mercado de Wuhan. Oficialmente há 41 pessoas infetadas na China. As autoridades chinesas identificam o agente causador das pneumonias como um tipo novo de coronavírus, que foi isolado em sete doentes.
13 de janeiro Primeiro caso confirmado fora da China, na Tailândia.
14 de janeiro A OMS disse que não encontrou provas de transmissão de pessoa para pessoa. https://twitter.com/WHO/status/1217043229427761152 https://nypost.com/2020/03/20/who-haunted-by-old-tweet-saying-china-found-no-human-transmission-of-coronavirus/
O chefe da Comissão Nacional de Saúde da China, Ma Xiaowei, forneceu confidencialmente uma avaliação “sombria” da situação para as principais autoridades de saúde chinesas. O memorando relacionado afirmava que "a transmissão de humano para humano é possível". Uma investigação da AP News indicou que a denúncia de um caso na Tailândia levou à reunião, bem como o risco de se espalhar com o aumento das viagens durante o Ano Novo Chinês e várias considerações políticas. No entanto, o público chinês não é avisado até 20 de janeiro.
15 de janeiro Primeiro caso reportado no Japão do novo coronavírus, entretanto designado como 2019-nCoV. Primeira declaração das autoridades portuguesas sobre o novo coronavírus. A diretora-geral da Saúde estima, com base nas informações provenientes da China, que o surto estará contido e que uma eventual propagação em massa não é "uma hipótese no momento a ser equacionada".
20 de janeiro Autoridades confirmam que há transmissão entre seres humanos. (CM reporta isto mas não consigo confirmar em mais fonte nenhuma, a OMS só confirmou a 23 de Janeiro)
O secretário geral do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro do Conselho de Estado, Li Keqiang, emitem o primeiro aviso público sobre o coronavírus aos cidadãos chineses. Uma investigação da AP News alegou que, de 14 a 20 de janeiro, as autoridades chinesas tomaram medidas confidenciais para mobilizar sua resposta à pandemia, mas não alertaram o público. Alertar o público seis dias antes podia ter evitado "o colapso do sistema médico de Wuhan", segundo um epidemiologista.
21 de janeiro Primeiro caso nos Estados Unidos, num doente em Washington regressado de Wuhan.
22 de janeiro Macau confirma o primeiro caso da doença, numa altura em que há mais de 440 infetados. Começa o isolamento da cidade de Wuhan ao mundo. Autoridades de saúde chinesas cancelam voos e saída de comboios. Portugal anuncia que acionou os dispositivos de saúde pública e tem três hospitais em alerta: São João (Porto), Curry Cabral e Estefânia (ambos Lisboa).
23 de janeiro OMS reúne comité de emergência na Suíça para avaliar se o surto constitui uma emergência de saúde pública internacional. Decide não a decretar. Autoridades chinesas proíbem entradas e saídas numa segunda cidade, Huanggan, a 70 km de Wuhan. As duas cidades têm em conjunto mais de 18 milhões de habitantes. Alguns aeroportos no mundo, como no Dubai, nos Estados Unidos e nalguns países africanos, começam a tomar precauções para lidar com o fluxo de turistas chineses que tiram férias no Ano Novo Lunar, que coincide com o surto.
24 de janeiro Confirmados em França os primeiros dois casos na Europa, ambos importados.
25 de janeiro Pequim suspende as viagens organizadas na China e ao estrangeiro. Austrália anuncia primeiro caso. Hong Kong declara estado de emergência. Primeiro caso suspeito em Portugal, mas as análises revelam que é negativo.
27 de janeiro O Centro Europeu de Controlo das Doenças pede aos estados-membros da União Europeia que adotem "medidas rigorosas e oportunas" para controlo do novo coronavírus.
28 de janeiro Mecanismo Europeu de Proteção Civil é ativado, a pedido de França, para repatriamento dos franceses em Wuhan. Confirmados dois casos, um na Alemanha e outro no Japão, de doentes que não estiveram na China, tendo sido infetados nos seus países por pessoas provenientes de Wuhan.
29 de janeiro Pelo menos 17 portugueses pedem para sair da China, quase todos na região de Wuhan. Finlândia confirma primeiro caso. Rússia encerra fronteira terrestre com a China. Estudo genético confirma que o novo coronavírus terá sido transmitido aos humanos através de um animal selvagem, ainda desconhecido, que foi infetado por morcegos.
30 de janeiro OMS declara surto como caso de emergência de saúde pública internacional, mas opõe-se a restrições de viagens e trocas comerciais.
31 de janeiro Estados Unidos decidem proibir a entrada de estrangeiros que tenham estado na China nos últimos 14 dias e impor quarentena a viajantes de qualquer nacionalidade provenientes da província de Hubei. Ministério da Saúde de Portugal anuncia que vai disponibilizar instalações onde os portugueses provenientes de Wuhan possam ficar em isolamento voluntário.
1 de fevereiro Austrália proíbe entrada no país a não residentes vindos da China.
2 de fevereiro Os 18 portugueses e as duas brasileiras retirados da cidade de Wuhan chegam a Lisboa e ficam em isolamento voluntário por 14 dias. Filipinas anunciam o primeiro caso mortal no país. É a primeira morte fora da China.
3 de fevereiro OMS anuncia que está a trabalhar com a Google para travar informações falsas sobre o novo coronavírus. O chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que não havia necessidade de medidas que "interferissem desnecessariamente com viagens e comércio internacionais" para parar o coronavírus. Elogiou a resposta chinesa e referiu que a propagação do vírus é "mínima e lenta".
11 de fevereiro OMS decide dar oficialmente o nome de Covid-19 à infeção provocada pelo novo coronavírus.
13 de fevereiro Autoridades chinesas mudam a forma de contabilizar e assumir casos de infeção. Passam a contar não apenas os casos com confirmação laboratorial, mas também os que têm confirmação clínica apoiada por exames radiológicos.
14 de fevereiro Segunda morte confirmada fora da China, no Japão.
15 de fevereiro Um turista chinês de 80 anos morre em França. É a primeira morte registada na Europa - o primeiro europeu a morrer no seu continente acontece a 26 de fevereiro.
16 de fevereiro Terceira morte confirmada fora da China, num turista chinês que visitava França.
19 de fevereiro Dois primeiros casos revelados no Irão. No mesmo dia é anunciado que os dois morreram devido ao Covid-19.
20 de fevereiro Autoridades chinesas voltam a alterar a metodologia da contagem de infetados, uma decisão que se reflete numa descida acentuada no número de novos casos. Coreia do Sul regista a primeira morte. Suíça adia uma cimeira internacional sobre saúde devido à epidemia, na qual estaria presente o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) e ministros da Saúde.
21 de fevereiro Autoridades chinesas anunciam que surto está "sob controlo". Itália regista primeira vítima mortal, um italiano de 78 anos.
22 de fevereiro Irão fecha escolas, universidades e centros educativos em duas cidades. País confirma mais de 40 casos de infeção e oito mortes.
23 de fevereiro Autoridade japonesas confirmam que um português, Adriano Maranhão, canalizador no navio Diamond Princess, atracado no porto de Yokohama, deu teste positivo ao vírus da infeção Covid-19. Presidente da China, Xi Jiping, admite que o surto é a mais grave emergência de saúde no país desde a fundação do regime comunista, em 1949. Autoridades italianas ordenam suspensão dos festejos do Carnaval de Veneza. Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que epidemia coloca em risco a recuperação económica mundial e manifesta disponibilidade para ajudar financeiramente os países mais pobres e vulneráveis.
24 de fevereiro Comissão Europeia anuncia mobilização de 230 milhões de euros para apoiar a luta global contra o Covid-19. Diretor-geral da OMS avisa que o mundo tem de se preparar para uma "eventual pandemia", considerando "muito preocupante" o "aumento repentino" de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.
25 de fevereiro O português infetado a bordo de um navio de cruzeiros atracado no Japão é enviado para um hospital de referência local. O especialista que liderou a equipa da OMS enviada à China afirma que o mundo "simplesmente não está pronto" para enfrentar a epidemia.
26 de fevereiro Primeiro caso de contágio na América do Sul. É no Brasil, um homem de 61 anos, de São Paulo, regressado do norte de Itália. Vários países confirmam igualmente os primeiros casos: Grécia, Finlândia, Macedónia do Norte, Geórgia e Paquistão. OMS revela que o número de novos casos diários confirmados no resto do mundo ultrapassou pela primeira vez os registados na China.
27 de fevereiro Arábia Saudita suspende temporariamente a entrada de peregrinos que visitam a mesquita do profeta Maomé e os lugares sagrados do Islão em Meca e Medina, bem como turistas de países afetados pelo coronavírus. Segundo português hospitalizado no Japão "por indícios relacionados" com o Covid-19, também tripulante do navio de cruzeiros Diamond Princess. A DGS divulga orientações às empresas, aconselhando-as a definir planos de contingência para casos suspeitos entre os trabalhadores que contemplem zonas de isolamento e regras específicas de higiene, e para portos e viajantes via marítima, que define que qualquer caso suspeito validado deve ser isolado e que apenas um elemento da tripulação deve contactar com o passageiro.
28 de fevereiro Primeiro caso confirmado na África subsariana, na Nigéria, depois de terem sido identificadas infeções no norte do continente, no Egito e na Argélia. Suíça proíbe pelo menos até 15 de março qualquer evento público ou privado que reúna mais de mil pessoas. Comissão Europeia solicita aos Estados-membros da UE que avaliem os impactos económicos do novo coronavírus. OMS aumenta para "muito elevado" o nível de ameaça do novo coronavírus. Responsáveis da Feira Internacional de Turismo de Berlim anunciam a suspensão do evento, considerado o maior do mundo, que se deveria realizar entre 4 e 8 de março. Governo português reforça em 20% o stock de medicamentos em todos os hospitais do país, além de estar a preparar um eventual reforço de recursos humanos.
29 de fevereiro Governo francês anuncia cancelamento de "todas as concentrações com mais de 5.000 pessoas" em espaços fechados e alguns eventos no exterior, como a meia-maratona de Paris. Primeira vítima mortal nos Estados Unidos da América.
1 de março Governo das Astúrias confirma primeiro caso de infeção pelo novo coronavírus na região espanhola, o escritor chileno Luis Sepúlveda, que esteve recentemente na Póvoa de Varzim, em Portugal. Macau com perdas históricas nas receitas do jogo em fevereiro, menos 87,8% em relação a igual período de 2019, num mês em que os casinos fecharam por 15 dias devido ao surto de Covid-19. Adriano Maranhão, primeiro português infetado no Japão, tem alta hospitalar.
2 de março Confirmados dois primeiros casos em Portugal Funcionários públicos em teletrabalho ou isolamento profilático sem perda de salário em Portugal, segundo um despacho do Governo. Governo português divulga um despacho a ordenar aos serviços públicos que elaborarem planos de contingência para o surto de Covid-19.
3 de março Primeira morte em Espanha. Itália confirma 79 mortes. Número de infetados em Portugal sobe para quatro. Mais de três mil mortos e de 91 mil infetados em todos os continentes, segundo dados da OMS. Os países mais afetados são China, Coreia do Sul, Irão e Itália. Hospitais São João e Santo António, no Porto, esgotaram capacidade de resposta a casos suspeitos, novas unidades são ativadas Comissão Nacional de Proteção Civil passa a funcionar em permanência, para fazer face ao novo coronavírus. Governo português dá cinco dias às empresas públicas para elaborarem planos de contingência. Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), que gere a política monetária do país, corta em 50 pontos base as taxas de juro, devido ao novo coronavírus. O presidente da Fed, Jerome Powell, considera inevitável que os efeitos do surto alastrem às economias mundiais e alterem o seu normal funcionamento "durante algum tempo". FMI e Banco Mundial anunciam que reuniões de abril, que se realizam anualmente em Washington, vão ser feitas à distância, em "formato virtual".
4 de março Itália, o país europeu mais afetado, fecha todas as escolas e universidades. Tinha então 3,089 infetados e 107 mortos. Número de infetados em Portugal sobre para seis. Em todo o mundo, há registo de mais de 3.100 mortos e de 93.100 infetados em 77 países de cinco continentes. Mais de 290 milhões de jovens sem aulas em todo o mundo, segundo a UNESCO. Os trabalhadores em quarentena em Portugal por determinação de autoridade de saúde vão receber integralmente o rendimento nos primeiros 14 dias, diz despacho do Diário da República. O primeiro-ministro português anuncia linha de crédito para apoio de tesouraria a empresas afetadas pelo impacto económico do surto do novo coronavírus, caso seja necessário, no valor inicial de 100 milhões de euros. Banco Mundial anuncia 12.000 milhões de dólares (cerca de 10.786 milhões de euros) para ajudar os países que enfrentam impactos económicos e de saúde. O setor dos serviços contraiu pela primeira vez na China desde que há registos. FMI diz que crescimento mundial será inferior em 2020 ao de 2019 devido ao impacto da epidemia do novo coronavírus, mas que é "difícil prever quanto". Surto diminuiu exportações mundiais em 50 mil milhões de dólares em fevereiro, segundo uma análise publicada pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento. A Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, no Porto, suspende aulas por ter havido contactos com o quinto infetado.
5 de março Portugal com nove casos de infeção. O número de pessoas infetadas em todo o mundo aumenta para 97.510, das quais 3.346 morreram, em 85 países e territórios. A China é o país mais afetado (80.409 casos e 3.012 mortes); seguido pela Coreia do Sul (6.088 casos, 35 mortes), Itália (3.858 casos, 148 mortes) e Irão (3.513 casos, 107 mortes). Bolsa de Turismo de Lisboa adiada para 27 a 31 de maio Perdas das companhias aéreas mundiais podem chegar aos 113 mil milhões de dólares (101,1 mil milhões de euros), estima a associação internacional de transporte aéreo (IATA). TAP reduz 1.000 voos em março e abril devido a quebra nas reservas, suspende investimentos e avança com licenças sem vencimento. O Fundo Monetário Internacional disponibiliza 50 mil milhões de dólares (cerca de 46,7 mil milhões de euros) para combater o surto.
6 de março 13 casos infetados em Portugal. Número de casos no mundo ultrapassa os 100 mil, das quais 3.456 morreram, em 92 países e territórios. A China (sem as regiões administrativas de Macau e Hong Kong), o país onde a epidemia foi declarada no final de dezembro, soma 80.552 casos e 3.042 mortes. Preço do barril de Brent cai mais de 6%, para 47 dólares, devido à quebra da procura
7 de março Número de infeções em Portugal sobe para 21 Visitas a hospitais, lares e estabelecimentos prisionais da região Norte suspensas temporariamente. A ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido, recomenda também o adiamento de eventos sociais. Uma escola de Idães, em Felgueiras, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e o edifício do curso de História da Universidade do Minho foram encerrados por serem instituições relacionadas com casos de pessoas infetadas em Portugal. Governo italiano proíbe as entradas e saídas da Lombardia e de outras 11 províncias próximas para limitar a disseminação do coronavírus, que já causou 233 mortes e 5.061 infetados em todo o país.
8 março Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa decide entrar em quarentena de 14 dias após receber em Belém uma turma de Felgueiras. Mais quatro casos em Portugal, número de infetados sobe para 25. Reino Unido anuncia um aumento de 64 novos casos, elevando-o a um total de 273 casos. Este país regista três mortos. EUA tem 564 infetados, os mortos são 21. Itália confirma 1.492 casos adicionais e 133 mortes. Números totais: 7.375 infetados e 366 mortos. O primeiro-ministro Giuseppe Conte estendeu o bloqueio de quarentena para cobrir toda a região da Lombardia e outras 14 províncias do norte do país. Registado o primeiro morto em África, que ocorre no Egito - um cidadão alemão hospitalizado a 1 de março e depois sofreu insuficiência respiratória causada por pneumonia aguda. DGS encerra escolas e suspende atividades de lazer e culturais nos concelhos de Lousada e Felgueiras por causa do acumular de casos.
9 março Alemanha regista as duas primeiras mortes no país. Infetados aumentam para 1.176. Universidades de Lisboa e Coimbra suspendem todas as aulas presenciais por duas semanas. Itália estende quarentena a todo o país, onde número de mortos atinge 463. Primeiros casos em Chipre significam que todos os países da União Europeia estão atingidos pelo novo coronavírus. Números da Espanha aumentam para 1.231 casos, com 30 mortes. Itália: 9.172 infetados e 463 mortos. França revela que os deputados Guillaume Vuilletet e Sylvie Tolmont estão infetados, havendo cinco deputados da Assembleia com Covid-19. Também foi confirmado que o ministro da Cultura, Franck Riester, havia testado positivo. O número de casos aumentou para 1.412.
10 março Câmara de Lisboa encerra museus, teatros municipais e suspende atividades desportivas em recintos fechados. Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) decreta fecho de museus, monumentos e palácios na sua dependência. Governo português suspende voos para todas as regiões de Itália por 14 dias. O primeiro-ministro italiano Conte estende o bloqueio de quarentena a toda a Itália, incluindo restrições de viagens e a proibição de reuniões públicas. Número de infetados sobe para 10.149, número de mortos é já 631. Portugal: 41 infetados
11 março Organização Mundial de Saúde passa a considerar o Covid-19 como uma pandemia, isto é um surto de doença com distribuição geográfica internacional muito alargada e simultânea. Itália anuncia que o jogador da Juventus Daniele Rugani, colega de Ronaldo, testa positivo para Covid-19. Total de infetados em Itália: 12.462. Total de mortos: 827. Portugal: 59 infetados. Turquia anuncia primeiro caso num homem regressado da Europa. Mais de mil médicos disponibilizam-se para reforçar a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde.
12 março Portugal decide encerrar todos os estabelecimentos de ensino até ao final das férias da Páscoa a partir de 16 de março, encerramento de discotecas, restrições em restaurantes, centros comerciais, serviços públicos e proibição de desembarque de passageiros de cruzeiros. Portugal tem agora 78 pessoas infetadas e ainda zero mortes relacionadas com Covid-19. Estado de alerta declarado em todo o país, com proteção civil e forças e serviços de segurança em prontidão. Região Autónoma da Madeira suspende atracagem de navios de cruzeiro e impõe medição de temperatura a passageiros nos aeroportos. Governo dos Açores fecha escolas e museus, interdita cinemas e ginásios. Hospital de São João anuncia que uma das primeiras pessoas internadas em Portugal com Covid-19 se curou. Em apenas um dia, Itália regista 2651 novos infetados, elevando o número de doentes com Covid-19 para 15.113. Nas mesmas 24 horas, morreram 189 italianos. O total de mortos em Itália é agora 1.016.
13 março Europa toma o lugar da China como maior epicentro do coronavírus, diz a OMS, numa altura em que o crescimento de casos abranda no país oriental (China tem agora 80.815 infetados e 3.117 mortos) e acelera em Itália e no resto do continente europeu. Portugal: 112 infetados com o Covid-19. 61 países da África, Ásia, Europa, Oriente Médio, América do Norte e América do Sul anunciaram ou implementaram fecho total ou parcial de escolas e universidades. Trinta e nove países fecharam todas as escolas, afetando 421,4 milhões de crianças e jovens. Nesta altura são 11 os países que proíbem a entrada de voos de Portugal (e da Europa): Arábia Saudita, Argentina, El Salvador, EUA, Guatemala, Itália, Jordânia, Kuwait, Nepal, República Checa e Venezuela. Estados Unidos proíbem entrada de voos de passageiros vindos do espaço Schengen na Europa (26 países, incluindo obviamente Portugal) durante 30 dias. Venezuela, país de 32 milhões de habitantes, confirma os dois primeiros casos de infetados: uma pessoa vinda dos EUA e outra de Espanha. O país de Nicolas Maduro também proibiu voos vindos da Europa durante um mês. Eslováquia, Malta e República Checa fecham fronteiras com os países membros da EU. Governo permite a funcionários públicos ficar em casa em regime de teletrabalho sempre que funções o permitam. Madeira suspende voos provenientes da Dinamarca, França, Alemanha, Suíça e Espanha, países de transmissão ativa.
Presidente dos EUA, Donald Trump, declara estado de emergência nacional.
UEFA suspende todos os jogos sob a sua égide, incluindo Liga dos Campeões e Liga Europa. República Checa anuncia fecho total de fronteiras a partir de 16 de março.
14 março Número mundial de infetados: 150.054. Total de mortos: 5.617 Portugal: 169 infetados. Nas últimas 24 horas houve 57 novos casos. Não há ainda mortes em Portugal. Ministra da Saúde, Marta Temido, anuncia que Portugal entrou "numa fase de crescimento exponencial da epidemia", com 169 casos confirmados.
Açores e Madeira decidem quarentena obrigatória para todas as pessoas que cheguem às regiões autónomas. Governo de Espanha, onde há mais de 5.700 casos, impõe "medidas drásticas" no âmbito do estado de alerta, proíbe cidadãos de andar na rua, exceto para irem trabalhar, comprar comida ou à farmácia.
15 de março Número de casos em Portugal atinge 245, em todo mundo há quase 160.000 pessoas infetadas e já morreram mais de 6.000.
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convoca Conselho de Estado por videoconferência para 18 de março, para discutir a "eventual decisão de decretar o estado de emergência" em Portugal.
Sindicato Independente dos Médicos conta mais de 50 clínicos infetados e mais de 150 em quarentena.
Governo proíbe consumo de bebidas alcoólicas na via pública e eventos com mais de cem pessoas, apelando para que deslocações se limitem ao estritamente necessário.
Autoridade Marítima Nacional interdita atividades desportivas ou de lazer que juntem pessoas nas praias do continente, Madeira e Açores.
16 de março Portugal regista a primeira morte devido ao coronavírus. O número de infetados pelo novo coronavírus sobe para 331. Segundo a Direção-Geral da Saúde, há 2.908 casos suspeitos, dos quais 374 aguardam resultado laboratorial.
Governo português anuncia o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.
Portugal vai também intensificar o controlo sanitário nos aeroportos.
Macau decreta quarentena obrigatória de 14 dias para quem chegar ao território, com exceção da China continental, Taiwan e Hong Kong.
Assembleia da República dispensa funcionários inseridos em grupos de risco e promove o trabalho à distância e rotatividade.
17 de março O número de infetados sobe para 448.
É anunciado que o SNS foi reforçado com mais 1.800 médicos e 900 enfermeiros e que há 30 profissionais de saúde infetados, 18 dos quais médicos. E é também anunciado o nascimento do primeiro bebé filho de uma mulher infetada. O bebé não foi infetado.
O governo regional da Madeira anuncia o primeiro caso na região.
O município de Ovar fica sujeito a "quarentena geográfica" e o Governo declara o estado de calamidade pública para o concelho, que passa a ter entradas e saídas controladas. A circulação de pessoas nas ruas também é controlada.
António Costa anuncia a suspensão das ligações aéreas de fora e para fora da União Europeia.
A CP reduz em 350 as ligações diárias.
18 de março O Presidente da República decreta o estado de emergência por 15 dias, depois de ouvido o Conselho de Estado e de ter obtido o parecer positivo do Governo e da aprovação do decreto pela Assembleia da República.
O estado de emergência vigora até 02 de abril.
António Costa diz que "o país não para" e que o Governo tudo fará para manter a produção e distribuição de bens essenciais.
O estado de emergência contempla o confinamento obrigatório e restrições à circulação na via pública. A desobediência é crime e pode levar à prisão.
No dia em que o Governo revela um conjunto de linhas de crédito para apoio à tesouraria das empresas de 3.000 milhões de euros, é também anunciado que as contribuições das empresas para a Segurança Social são reduzidas a um terço em março, abril e maio, e que as empresas vão ter uma moratória concedida pela banca no pagamento de capital e juros.
O número de infetados sobe para 642 e regista-se uma segunda morte. O Alentejo regista os primeiros dois casos.
19 de março O número de vítimas mortais sobe para três em Portugal, com os casos confirmados a ascenderem a 785. Graça Freitas anuncia que quem apresentar sintomas ligeiros ou moderados da doença é seguido a partir de casa.
O primeiro-ministro anuncia, após a reunião do Conselho de Ministros, as medidas e regras para cumprir o estado de emergência, incluindo o "isolamento obrigatório" para doentes com covid-19 ou que estejam sob vigilância. Os restantes cidadãos devem cumprir "o dever geral de recolhimento domiciliário". A regra é que os estabelecimentos com atendimento público devem encerrar e o teletrabalho é generalizado.
A proposta de lei do Governo com as medidas excecionais é de imediato promulgada pelo Presidente da República.
É também anunciado que o Governo criou um "gabinete de crise" para lidar com a pandemia e que suspendeu o pagamento da Taxa Social Única.
O governo dos Açores determina a suspensão das ligações aéreas da transportadora SATA entre todas as ilhas e a TAP anuncia que vai reduzir a operação até 19 de abril, prevendo cumprir 15 dos cerca de 90 destinos.
20 de março Com o país recolhido começam a destacar-se respostas da sociedade civil e das autarquias para fazer face à pandemia, anunciam-se ações de solidariedade para com os mais necessitados.
O Governo reúne-se em Conselho de Ministros para aprovar um conjunto de medidas de apoio social e económico para a população mais afetada. António Costa anuncia que é adiado para o segundo semestre o pagamento do IVA e do IRC, a prorrogação automática do subsídio de desemprego e do complemento solidário para idosos e do rendimento social de inserção.
É também anunciado que as celebrações religiosas, como funerais, e outros eventos que impliquem concentração de pessoas são proibidos, e que as autoridades de saúde ou de proteção civil podem decretar a requisição civil de bens ou serviços públicos se necessários para o combate à doença.
Portugal tem seis vítimas mortais e 1.020 casos confirmados.
21 de março O número de mortes sobe para 12, o dobro do dia anterior, e os infetados são 1.280.
Marta Temido estima que o pico de casos aconteça em meados de abril, e diz que Portugal vai adotar um novo modelo de tratamento de infetados, que passa pelo aumento do acompanhamento em casa. Graça Freitas estima que a taxa de letalidade é de cerca de 1%, mas avisa que pode mudar.
O Governo anuncia que vai prorrogar os prazos das inspeções automóveis e reduz os leilões nas lotas, criando uma linha de crédito até 20 milhões de euros para o setor da pesca.
Com o país em casa surgem as primeiras notícias de infeções em lares. Na Casa de Saúde da Idanha, em Belas, arredores de Lisboa, é anunciado que 10 utentes estão infetados. Um lar em Vila Nova de Famalicão fica sem funcionários depois de oito terem dado positivo ao covid-19.
O ministro dos Negócios Estrangeiros anuncia que a TAP prevê realizar voos para a Praia e Sal (Cabo Verde), Bissau (Guiné-Bissau) e São Tomé para transportar portugueses para casa.
22 de março O número de mortes associadas à covid-19 sobe para 14 e o de infetados para 1.600 (mais 320).
Num domingo de sol muitas pessoas saem à rua e na Póvoa de Varzim a polícia é chamada devido ao "desrespeito ao estado de emergência" (multidão a passear). Em Coimbra a PSP também é chamada por causa de um aglomerado na Mata Nacional do Choupal.
São detidas sete pessoas no país por crime de desobediência.
Os utentes do lar de Famalicão são transferidos para o Hospital Militar do Porto.
As autoridades iniciam o repatriamento de mais de 1.300 passageiros que chegam a Lisboa num navio de cruzeiro (entre eles estão 27 portugueses).
O Governo assina três despachos, que entram em vigor no dia seguinte, para garantir serviços essenciais de abastecimento de água e energia, recolha de lixo e funcionamento de transportes públicos.
O presidente da Associação Nacional de Freguesias, Jorge Veloso, pede que as pessoas das cidades e os emigrantes evitem ir para o interior.
23 de março Portugal tem 23 mortes e 2.600 infeções.
As queixas sobre a falta de equipamentos para quem mais necessita, como profissionais de saúde ou de segurança, começam a surgir. O Governo anuncia que o Estado vai comprar à China equipamentos de proteção e que espera quatro milhões de máscaras. Cinco polícias e dois técnicos sem funções policiais estão infetados numa esquadra de Vila Nova de Gaia.
O Governo cria uma linha de apoio de emergência de um milhão de euros para artistas e entidades culturais e reforça com 50 milhões de euros os acordos de cooperação com o setor social (responsável pelos lares de idosos ou centros de dia).
Uma residência para idosos na Maia, Porto, coloca em isolamento 46 idosos devido a casos de infeção.
24 de março O número de mortes sobe para 33 e o número de infeções passa a 2.362.
A secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, anuncia a ativação do Plano Nacional de Emergência de Proteção Civil, no mesmo dia em que são já 27 as detenções por violação das regras do estado de emergência.
O Presidente da República admite que o pico da pandemia possa ocorrer depois de 14 de abril. No parlamento, o presidente e líder parlamentar do PSD abandona o plenário depois de uma discussão sobre o número excessivo de deputados na bancada social-democrata.
A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) lança uma linha de financiamento de 1,5 milhões de euros para investigação e "implementação rápida" de respostas às necessidades do SNS.
Em Vila Real, o presidente da Câmara alerta para a existência de 20 utentes e funcionários de um lar infetados com covid-19.
O Rali de Portugal é adiado.
25 de março Portugal regista mais 10 mortes chegando às 43, quando são contabilizadas 2.995 infeções.
O secretário de Estado da Saúde diz que o sistema tem capacidade de fazer 8.600 testes diários. A questão de se fazer mais testes ou não divide opiniões.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil coloca em alerta laranja, o segundo mais grave, os distritos de Lisboa, Porto e Aveiro.
O ministro de Estado e das Finanças diz que o país "nunca esteve tão bem preparado" para enfrentar uma crise como a causada pelo vírus.(lol) O Banco de Portugal anuncia que é facilitada a concessão de crédito pessoal por parte dos bancos.
A Câmara de Melgaço implementa um cerco sanitário na aldeia de Parada do Monte, com 370 habitantes, após confirmação de três casos de infeção.
A ASAE diz que já fiscalizou 41 operadores económicos por causa de especulação de preços.
26 de março Há 3.544 infeções e morreram 60 pessoas.
Há doentes a ser tratados com medicamentos da malária e do ébola, ainda que sem certezas, diz Graça Freitas.
O Banco de Portugal estima que o Produto Interno Bruto caia este ano 3,7% num cenário base e 5,7% num cenário adverso, devido à pandemia. A taxa de desemprego deve subir acima dos 10%. No dia em que Marcelo Rebelo de Sousa admite prolongar o estado de emergência reúne-se o Governo em Conselho de Ministros e aprova a suspensão até setembro do pagamento dos créditos à habitação e de créditos de empresas. Aprova também medidas excecionais de proteção dos postos de trabalho (como redução temporária de horário ou suspensão do contrato) e uma proposta de lei que prevê um regime de mora no pagamento das rendas, habilitando ainda o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana a conceder empréstimos a inquilinos.
Na Maia um lar de idosos infetado é evacuado, em Vila Real aumentam as infeções num lar de idosos, de 20 para 45.
É anunciado que quem aterrar nos Açores tem confinamento obrigatório de 14 dias.
27 de março No lar da Nossa Senhora das Dores, em Vila Real, são agora 88 os infetados, entre os quais 68 utentes.
Em Portugal o número de mortes chega a 76 e o número de infetados sobe para 4.268.
Graça Freitas diz agora que o pico da pandemia pode afinal ser só em maio.
António Costa anuncia a chegada a Portugal de milhares de equipamentos de proteção individual e o Laboratório Militar também anuncia que começou a fazer testes de diagnóstico. Outras entidades como o Instituto de Medicina Molecular também começam a fazer testes.
Mil e quinhentos enfermeiros voluntariam-se para reforçar o apoio à linha telefónica SNS24, segundo a bastonária da Ordem.
As forças de segurança detiveram, desde o início do estado de emergência, 64 pessoas por crime de desobediência, e mandaram encerrar 1.449 estabelecimentos. O balanço é do MAI, segundo o qual também foram impedidas de entrar em Portugal 850 pessoas e uma delas foi detida. A detida, viria a confirmar-se depois, estava infetada com covid-19.
No Algarve, quando se aproxima o período da Páscoa, que costuma encher os hotéis, a associação empresarial do setor diz que a hotelaria está praticamente encerrada.
28 de março O número de mortes ascende à centena e os infetados são 5.170. Marta Temido também diz que o pico da epidemia só deve acontecer no final de maio e que as medidas de contenção social estão a abrandar a curva de infeções.
O Presidente da República pede aos portugueses para que, no período da Páscoa, continuem a respeitar as regras de contenção. A PSP interpela todas as pessoas que atravessam a Ponte 25 de Abril, no sentido norte-sul, e são divulgadas imagens de grandes filas de carros, alguns deles, diz a PSP, em incumprimento do estado de emergência.
É publicada uma retificação do diploma inicial do "lay-off" simplificado, acautelando que nenhum trabalhador de empresas que recorram e esse apoio pode ser despedido.
O Governo anuncia que vai organizar uma operação de transporte aéreo para o regresso temporário a Portugal de professores portugueses que estão em Timor-Leste.
29 de março Portugal contabiliza 119 mortes e 5.962 casos de infeções p. O número de pessoas internadas nos cuidados intensivos é de 138 doentes, um aumento para o dobro em relação ao dia anterior.
As notícias sobre infeções em lares continuam, como em Foz Côa, Guarda, onde o lar tem 47 infetados num universo de 62 idosos, segundo o provedor.
Em Ovar, onde foi declarado o estado de calamidade pública, são cinco as mortes, uma delas uma jovem de 14 anos, diz o vice-presidente da Câmara.
Nos Açores, o concelho de Povoação, na ilha de S. Miguel, é também submetido a um cordão sanitário.
Surgem notícias, através de sindicatos, de que há pelo menos um guarda prisional infetado do estabelecimento de Custoias e de uma auxiliar de ação médica no hospital prisional de Caxias. O Governo diz que vai ponderar criteriosamente a recomendação das Nações Unidas para libertação imediata de alguns presos mais vulneráveis.
30 de março António Costa avisa que Portugal "vai entrar no mês mais crítico desta pandemia", no dia em que os números da DGS indicam que há 140 mortes e 6.408 infetados.
Segundo o primeiro-ministro, com ou sem estado de emergência vai ser preciso prolongar as medidas que têm sido adotadas. E, diz também, que na próxima semana pretende cobrir o país com despistes de covid-19 em lares.
O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afirma que o número de profissionais de saúde infetados chegou aos 853, e Graça Freitas admite impor-se uma cerca sanitária na região do Porto, motivando fortes críticas.
A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, diz que a segurança social recebeu 1.400 pedidos de empresas que pretendem aderir ao "lay-off" simplificado.
(Continua nos comentários)
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, admite nacionalizações e diz que seria "um erro trágico" reagir com medidas de austeridade à crise provocada pela pandemia, defendendo antes o apoio ao crescimento da economia.
O Governo pede a abertura de "forma condicionada" das juntas de freguesia onde estão instalados postos dos CTT, lembrando que esses serviços garantem a entrega de pensões. A empresa anunciou que ia antecipar a emissão e pagamento de vales em dois dias úteis.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que se impõe manter as medidas de contenção que vigoram em Portugal.
A TAP avança para um processo de "lay-off" para 90% dos trabalhadores.
O governo dos Açores prolonga a situação de contingência no arquipélago até 30 de abril.
(Limite de Caracteres continua nos Comentários)
submitted by HairlessButtcrack to portugal [link] [comments]

A Febre das Almas Sensíveis, de Isabel Rio Novo

Sinopse
Portugal, primeira metade do século XX. Entre os males que assolam um país isolado e retrógrado, a tuberculose ressalta como uma das principais causas de morte. Ainda sem recursos farmacológicos para combater a doença, os médicos recomendam aos infetados o internamento em sanatórios instalados em zonas de altitude. Na serra do Caramulo, outrora uma região pobre e agreste, cresce uma estância sofisticada que, no auge do seu funcionamento, chega a acolher milhares de doentes.
Entre o edifício do Grande Sanatório do passado - onde o drama do jovem Armando se cruza com o dos outros pacientes -, os escombros do presente, visitados por uma rapariga que coleciona histórias de escritores tuberculosos, e as páginas escritas pelo misterioso «R. N.», movem-se almas de todos os tempos: Eduardo, Natália, Carolina e Ernest, mas também Soares de Passos, Júlio Dinis, António Nobre e tantos outros atingidos pela febre das almas sensíveis.
Combinando o registo histórico e a toada fantástica que produziram a magia de Rio do Esquecimento, neste novo romance, finalista do Prémio LeYa, Isabel Rio Novo recupera a memória de uma doença esquecida, que marcou a sociedade de uma época e o nosso imaginário romântico.
Epub retail
submitted by livrosetal to Biblioteca [link] [comments]

A Queda do Império - Parte 2: Timor

Introdução
Como agradecimento pelo bacalhau de ouro, decidi fazer um esforço e postar a segunda parte da queda do império antes do fim do ano. Espero que esteja tão boa como a primeira parte.
Hoje vamos falar de Timor, uma pequena nota, algumas das coisas que eu vou dizer aqui ficariam melhor no artigo sobre a India, mas mesmo assim não consigo explicar Timor sem explicar a India, e para explicar a India tinha que explicar África primeiro, por isso hoje voltaremos a falar dos nossos amigos traficantes os Ingleses, também falaremos de um novo “player” neste jogo que é a colonização, os holandeses. Ah já agora, o artigo vai sair um pouco grande, pois há muito que contar sobre a colonização de Timor.

E tudo começa com um troll…
Para poder explicar a razão dos portugueses começarem a navegar os mares assim do nada, tenho de falar do maior troll de todos os tempos. O individuo anónimo que escreveu a primeira versão de uma carta falsa sobre o nome Preste João. Havia várias versões da carta que circularam no final da idade média, e não, não vos vou dar fontes, pesquisem e se eu estiver errado digam. Mas basicamente o que a carta contava era sobre um rei chamado Preste João que era muito rico e cristão, mas que estava rodeado de inimigos mouros e precisava de ajuda de qualquer reino cristão que o viesse salvar, em troca ele pagaria muito, muito dinheiro. Toda a nobreza europeia acreditou nisto, incluindo a nobreza portuguesa. Ironicamente realmente havia um reino cristão bem longe da Europa e isolado do resto do mundo cristão, a Etiópia, que é também é o local mais a sul, onde se encontram “naturalmente” judeus. Mas a Etiópia nunca foi muito rica e isto tudo foi uma coincidência. Havia, no entanto, uma segunda razão para querer navegar para Oriente, uma razão peculiar…

A especiaria mágica…
Se tiverem uma máquina do tempo funcional e acesso a um supermercado e quiserem ficar ricos, recomendo irem ao supermercado e comprarem noz-moscada e irem até à idade média e venderem-na. Ia vender que nem ginjas, isto porque na Idade Média a noz-moscada era extremamente rara, logo extremamente valiosa. O problema é que esta só crescia num pequeno arquipélago na Indonésia, que tinha o óbvio nome de Ilhas das Especiarias… São umas pequenas ilhotas de onde a árvore que produz noz-moscada crescia. Existia só nessas ilhotas, até mais tarde a planta ser importada para outros sítios, mas eu não vou discutir isso. A noz-moscada era tão valiosa e rara, que diziam que servia para tudo, até para curar pragas. Infelizmente, por uma pequena questão chamada de “Rota da Seda”, só os muçulmanos tinham acessos às ilhotas. Eles vendiam- sim aos Europeus, mas a preço de ouro…
Isso tudo mudou quando Vasco da Gama descobriu a rota por mar para a India. Nós e a Espanha fizemos um acordo e ficámos com o controlo de grande parte da Ásia, incluindo a Indonésia e essas pequenas ilhotas. Ainda existem vestígios da cultura portuguesa na Indonésia, eles dizem palavras como garfu (garfo), e existe uma ilha na Indonésia chamada de Flores. (Já agora Taiwan chamava-se Formosa pela mesma razão). Nós íamos bem encaminhados para tornar da Indonésia uma das nossas melhores colónias… Até que veio alguém para estragar tudo…

Entra um novo “player”
Se há alguém bom a ganhar e perder colónias rapidamente são os holandeses. Durante a ocupação filipina eles atacaram quase todas as nossas colónias para ficar com elas. Atacaram o Brasil e perderam no, atacaram Angola e perderam na, já agora o apelido van Dunem, que é o apelido da nossa ministra da justiça, é de origem holandesa, foi um holandês que ficou por lá e deixou muita prole mulata. Não foi só perder, no entanto, ganharam bastante no sudeste asiático, nós perdemos quase todas as nossas colónias do sudeste asiático para os holandeses, e eles consequentemente perderam nas para os ingleses. Todas menos umas poucas, incluindo parte de Ceilão. E agora vou vos contar uma história engraçada, o primeiro rei dos Braganças, deu a mão da filha, D. Catarina em casamento ao rei inglês e como dote deu lhe Ceilão. Não só, mas D. Catarina introduziu o hábito do chá aos Ingleses, que era um hábito originalmente português importado de Macau. Os ingleses ficaram tão viciados em chá, que as razões das Guerras do Ópio, eram o chá e o dinheiro chinês, ou seja, eles vendiam ópio para satisfazer o seu vicio de chá. Já agora, eu tenho a teoria de que Hong Kong foi escolhido a dedo exatamente por ser ao lado de Macau, que era na altura um porto importante…

As Índias Ocidentais Holandesas
Talvez das poucas colónias que os holandeses não perderam até lhes darem independência no século 20, foram Índias Ocidentais Holandesas, também conhecidas como Indonésia. A única parte da Indonésia que os holandeses nunca foram soberanos, foi Timor. E depois, penso que no século 18 se não me engano, nós estabelecemos um acordo com os holandeses a assegurar o controlo de Timor pelos portugueses. E assim ficámos com meia ilha ali entre a Indonésia holandesa e a Austrália inglesa.

A Colónia Penal
Timor era a nossa colónia mais miserável, nós ficámos com ela só para dizer que tínhamos terra, mas na verdade a sociedade em Timor estava longe de ser a mesma da India portuguesa ou de Macau, os Portugueses que iam para Timor eram brutais e não só com os nativos. Timor servia para dois motivos, cultivo de café e colónia penal. Para Timor só mandávamos a pior escumalha que tínhamos em Portugal, mandar alguém para Timor, muitas vezes significava a morte da pessoa. Por vezes a colónia até servia para afastar certos nobres da corte, punham nos na sua administração porque era distante e de lá eles não podiam fazer algaraviada no parlamento.

O sofrimento de Timor e Verão Quente
Timor era miserável, até mesmo durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses não respeitaram a neutralidade portuguesa e ocuparam timor por estar perto dos interesses holandeses (curiosamente respeitaram-nos em Macau). Nunca houve grandes conflitos em Timor durante a Guerra Colonial, no entanto, era uma colónia “calma”, pobre, sem infraestruturas, mas calma. E aqui tenho de falar do Verão Quente e de um Homem chamado Henry Kissinger que foi Secretário de Estado de Richard Nixon e que sobreviveu para o ser para Ford. Kissinger era um político bastante astuto, como secretário de estado tinha muito poder, até com o Presidente. Na altura do Verão Quente, havia um grande risco de Portugal se tornar um país comunista, e Kissinger estava pronto para invadir Portugal, caso este se tornasse comunista, pois temia um país comunista na NATO. Ora quem elegeu um presidente comunista foram os Timorenses, a Indonésia sabia que os Americanos não iam gostar de ver Timor comunista, perguntaram se podiam invadir e estes disseram que sim. Foi assim que Timor se tornou uma província da Indonésia, dias depois de declarar a independência.

Guerrilha e Independência.
Apesar de ter sido imediatamente invadida pela Indonésia, muita gente foi contra a invasão e na verdade houve décadas de guerrilha devido a essa decisão. Portugal foi um dos grandes promotores da independência de Timor, e um dos aliados mais proeminentes da causa Timorense, foram, surpreendentemente, os Braganças. D. Duarte fora piloto em Angola e viu os horrores cometidos pelos portugueses, nos anos 90 fez várias campanhas a nível nacional e internacional para a independência de Timor e foi um grande “player” na causa de Timor. Eventualmente houve mudança de gerência na Indonésia. E a Indonésia juntou-se à causa portuguesa e libertou Timor, que ficou sobre a custódia das Nações Unidas por uns tempos, tornando-se a primeira nação do milénio. Devido ao grande apoio português, Timor é um grande promotor da cultura portuguesa no seu país, inclusive substitui o seu código civil que era baseado no holandês por um influenciado pelo código português de livre e plena vontade. É uma nação jovem e com perspetivas de futuro. Tem uma boa relação com Portugal e com a ASEAN (Association of South East Asian Nations), de quem é membro observador e pretende ser membro pleno, contando com o apoio da Indonésia e das Filipinas.

Espero que tenham gostado... Provavelmente não postarei mais até a janeiro, o próximo artigo será Angola e São Tomé, vou ter que falar sobre o Reino do Kongo e a Rainha Nzinga provavelmente, o artigo de Angola e São Tomé vai sair grande...
submitted by silveringking to portugal [link] [comments]

Será o Coranavírus tão perigoso quanto parece?

Se usarmos os dados oficiais, neste momento, Portugal tem 27 679 infetados e 1 144 mortes o que corresponde a uma taxa de mortalidade de 4.13%. (1)
Porem um estudo seológico em Loulé revela que o número de infetados é de 14 vezes superior ao registado (2), se isto for aplicado a todo o país, que não será algo muito rebuscado, o número de infetados seria de 387 506, a juntar a isto temos um número de mortes inflacionado, segundo (3) "Nas situações que subsistam dúvidas sobre a causa - um cancro, por exemplo - é contabilizado o óbito por infeção por SARS-CoV-2" e de acordo com (4) "Definition of COVID-19 death: COVID-19 death is defined for surveillance purposes as a death resulting from a clinically compatible illness in a probable or confirmed COVID-19 case, unless there is a clear alternative cause of death that cannot be related to COVID disease (e.g. trauma)", sendo que um *probable case* é "A suspect case for whom testing for the COVID-19 virus is inconclusive. A - Inconclusive being the result of the test reported by the laboratory. OR B - A suspect case for whom testing could not be performed for any reason.", ou seja, o número de mortes inclui pessoas que foram testadas e o resultado foi incoclusivo e pessoas que simplesmente eram suspeitas e não foram sequer testadas, com isto em mente também não será muito rebuscado dizer que o número real de mortes é metade do número oficial, ou seja, 572 mortes. Sendo assim a taxa de mortalidade seria de 0.15%, embora este número seja uma estimativa acredito que estaja mais próximo do real do que o número oficial.
Gostava de saber as vossas opiniões.
(1)(https://www.worldometers.info/coronavirus/)
(2)(https://www.msn.com/pt-pt/saude/coronavirus/covid-19-estudo-serol%C3%B3gico-em-loul%C3%A9-confirma-contacto-com-v%C3%ADrus-muito-superior-ao-n%C3%BAmero-de-casos-confirmados/ar-BB13H0Wk?li=BBoPU0F&fbclid=IwAR0tB5TI-hOi3ogkSm8GiuL4EeiBP0Y5i43KyqShhhST2QwOgz3HPG15lvU)
(3)(https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/numero-de-mortos-por-covid-19-divulgados-pela-gds-sao-uma-fraude)
(4)(https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200430-sitrep-101-covid-19.pdf?sfvrsn=2ba4e093_2)
submitted by luddiogo to CoronavirusPT [link] [comments]

causas de morte em portugal video

A crise de 1383–1385 em Portugal - YouTube Esquadrão Pneumonia 2015 Causas de morte em Portugal - YouTube Pordata - YouTube HIPERTENSÃO ARTERIAL - UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE ...

O estudo do INE divulgado em 2015 revela dados completos sobre as principais causas de morte em Portugal (dados de 2013). Doenças circulatórias. As doenças do aparelho circulatório representam 29,5% dos óbitos registados em Portugal, afetando sobretudo as mulheres. Esta percentagem era de 30,4% em 2012. Número de óbitos ocorridos em Portugal, por dia. Os dados apresentados são atualizados automaticamente a cada 10 minutos com base na informação recolhida pelo Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO). São dados provisórios e as atualizações efetuadas podem afetar qualquer dia dos dois últimos anos apresentados. A Base de Dados Portugal Contemporâneo, Pordata, divulgou quais são as principais causas de morte em Portugal. Veja quais são. Tuberculose: é a que menos vítimas provoca, mas segundo os dados mais recentes da Pordata em 2015, 0,2% das mortes em Portugal foram por causa desta doença. VIH/Sida: Quatro em cada mil mortes são provocadas pela Sida. Óbitos de residentes em Portugal por algumas causas de morte Indicador Doenças do aparelho circulatório Tumores malignos Diabetes Acidentes, envenenamentos e violências Suicídio Doenças do aparelho respiratório Doenças do aparelho digestivo Doenças infecciosas e parasitárias excluindo SIDA e tuberculose Tuberculose SIDA 22 de fevereiro de 2019 A publicação Causas de morte - 2017 apresenta os resultados estatísticos relativos à mortalidade por causas de morte em Portugal durante o ano de 2017. O mesmo relatório aponta também para um aumento no número de suicídios entre as causas de morte em Portugal. O número de mortes registados em 2014 foi 1,6% menos do que as registadas em 2013, sendo que a grande maioria (95,4%) foi causada por doenças. Outras causas de morte. Lesão e envenenamento – 4.6%; Acidentes e sequelas – 2,2% As principais causas de morte e o número de anos perdidos na população portuguesa quando morre antes de fazer 70 anos (anos de vida perdidos), para ambos os sexos, inclui: acidentes de viação – 22.550 anos; tumor maligno da traqueia, Esperança de vida aos 65 anos: total e por sexo (base: triénio a partir de 2001) em Portugal. Tuberculose: novos casos e retratamentos em Portugal. Óbitos por algumas causas de morte (%) Quantas das mortes são por doença, como cancro, diabetes ou do aparelho circulatório, Principal causa de morte em Portugal . As doenças do aparelho circulatório e os tumores malignos continuaram em 2018 a principal causa de morte em Portugal, em proporções muito semelhantes às verificadas no ano anterior.Em conjunto, e tal como em 2017, estes dois grupos de doenças concentraram cerca de 54% dos óbitos ocorridos no país. É, aliás, assim há 10 anos. Em 2017, morreram 109.586 portugueses. Será que se morre mais por doença, acidente ou suicídio? Saiba quais as principais causas de morte em Portugal.

causas de morte em portugal top

[index] [6046] [5340] [1456] [3961] [5641] [7267] [5377] [5183] [5453] [6991]

A crise de 1383–1385 em Portugal - YouTube

Reportagem Globo Rural 2003 ''MUTIRÃO do Porco na Serra da Canastra'' Delfinópolis mg - Duration: 27 ... Morte em Palm Beach - 1x1 - Investigação ID - Duration: 43:35. tbrsete Recommended for ... A crise de 1383-1385 começou com a morte do rei Fernando de Portugal, que não gerou herdeiros masculinos. Apesar das Cortes de Coimbra terem escolhido, em 13... Nós Portugueses_ Causas de morte by ffmspt. 1:53. Nós Portugueses_ Esperança de vida by ffmspt. 1:32. Nós Portugueses_ Saúde by ffmspt. 2:22. Nós Portugueses _ Cinema e teatro by ffmspt. 2 ... Infografia com dados INE, para o programa Fronteiras XXI. Em Portugal, só nos hospitais, mata uma média de 23 pessoas por dia. A maioria poderá ser evitada», explica Carlos Robalo Cordeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Nos dias que correm, a hipertensão arterial é uma das maiores causas de morte em Portugal. Com a aproximação do sexto congresso português de hipertensão e ri...

causas de morte em portugal

Copyright © 2024 hot.playrealmoneygames.xyz